domingo, 25 de novembro de 2007

Links

Para quem quiser ver mais sobre o feriado que me inspirou na última postagem o link é este:

http://www.flickr.com/photos/21204023@N02/

E, como propaganda é a alma do negócio, o outro link que disponibilizo é dos artesanatos. Entrem, olhem, comente, encomendem...

http://www.flickr.com/photos/7729906@N07/
Um abraço e até mais,
Lidiane

domingo, 18 de novembro de 2007

Paraíso

Paraíso* sm. 1. Lugar de delícias, onde, ao que reza a Bíblia, Deus colocou Adão e Eva; Éden. 2. O céu. 3. Lugar aprazível; Éden.

Não quero ficar apenas na descrição do dicionário. Para mim, paraíso é mais que um lugar, é também um estado de espírito.

Paraíso é saber e sentir, por todos os lados a doce presença de Deus.

Paraíso e saber que o amor existe, que valores universais, como o amor, a família, e coisas simples como um doce sorriso sem hora marcada, podem quebrar um silêncio impecável.

Mas tudo isso pode ser ainda melhor com a paisagem, e, neste final de semana que, está prestes a acabar, eu tive o privilégio de passar pelo paraíso com pessoas amadas.

O paraíso pode ter muitos endereços, e o meu último paraíso fica na Praia dos Carneiros, litoral sul de Pernambuco.

Lá a água é transparente, morna, calma, e a natureza não poupou esforços na beleza. Tudo o que eu tentar descrever será pouco para tamanha beleza.

A indicação, então é pagar para ver. Tenho certeza que cada centavo será muito bem aproveitado.

Mas, e tudo na vida tem um “mas”, mesmo no paraíso eu tive meus momentos de “poxa”. É mesmo, pensei nisso várias e várias vezes, e foi por amor.

Vou explicar.

Mesmo estando ao lado de pessoas que eu amo, faltou ainda outras pessoas que também são muito importantes na minha vida: meus pais, meus irmãos, meu sobrinho, meu cunhado e sua família...

Pois é, como minha mãe disse várias vezes “amar é sofrer”. Quando a gente ama alguém quer que tudo de bom, de novo, de legal, possa também ser compartilhado entre todos, e isso sempre deixa uma pontinha de tristeza, de dor de amor.

Como já disse, a Praia dos Carneiros é o paraíso, mas isso só ficará perfeito na minha cabeça, quando conseguir passar por lá com cada um de meus familiares.

Já não vejo a hora de levar a Cila para lá, e quantos mais vierem, quantos mais irão para lá.

Aos poucos formarei o álbum de família com recortes, montando um lindo mosaico dos meus amados no cenário mais paradisíaco que vi até hoje.

Um abraço para todos, com a paz do paraíso,

Lidiane, 18/11/07

* Fonte: mini dicionário Aurélio.

domingo, 21 de outubro de 2007

Eu realmente não sei...

Sabe uma sensação estranha, ou na verdade nem isso. O fato é que eu nem sei explicar o que estou sentindo agora, mas também nem ao menos posso dizer que estou mal. Só estou com uma inquietude que o tempo ainda dará conta. E, junto com tudo isso tem uma frase que não sai da minha cabeça: “o Senhor é o meu pastor, nada me faltará” . Na verdade eu bem sei, é Ele quem está acalmando o meu agitado coraçãozinho.

Será que, agora que sou balzaquiana meu Deus está com mais rédeas de mim?

Não sei, mas a realidade é que estou calma, e para vocês entenderem contarei a história pelo começo.

Este ano de 2007 tem sido muito produtivo e feliz para mim. Tem sido um ano de tomada de decisões importantes.

Foi neste ano que parti para o artesanato com gosto e vontade, foi neste que decidi engravidar, foi neste que quase desisti da minha profissão, e depois resolvi dar mais uma chance, para ela e para mim.

Entre muitas coisas, tenho me sentido muito desestimulada na fonoaudiologia por conta do campo de trabalho e baixos salários. É aquela situação: no começo era porque eu era recém formada, aí o emprego era difícil; depois era o momento de estudar mais, e lá fui eu, sem parar, atrás de especialização e depois de mestrado; depois mais procura de emprego, e a realidade que os títulos, junto com o conhecimento ajudam, mas parecia que havia chegado tarde. Como se eu tivesse uns dois ou três anos atrasada dos concursos, das provas...

Nesse meio tempo, o tempo seguiu o seu rumo e passou. Muito rápido por sinal, e neste ano, 2007 já completo 10 anos de profissão.

Agora, dizer que sou recém formada não dá, dizer que não tenho qualificação também não. Em meio a tudo isso, olho para trás e procuro as realizações financeiras que qualquer um quer ter com seu trabalho, mas olho, busco, e não consigo ver nada palpável. Nesses 10 anos, aprendi muito na fonoaudiologia, e aprendi ainda que ela é profissão ingrata, com poucas possibilidades de retorno financeiro.

É claro que as realizações pessoais dentro do meu trabalho foram e são inúmeras, na verdade eu gosto do que faço, mas, infelizmente acho que devo investir ainda mais no meu lado B, o do artesanato, para aos poucos ir mudando os rumos do meu futuro profissional.

No entanto, por hora, ainda preciso, e muito, correr atrás de emprego melhor, com salário compatível com meus desejos e formação. E á aí que começa minha história. E, se até agora já escrevi tudo isso, não posso deixar de dizer: “senta que lá vem história...”

Bem no meio da minha crise profissional, no começo de agosto, quando estava prestes a jogar tudo para o alto, descubro, no dia 06 de agosto, o concurso para “Estágio de Adaptação dos Oficiais da Aeronáutica –EAOT”, com 1 vaga para fonoaudiólogo aqui em Recife. Tal concurso mudou radicalmente minha vida.

Neste período já havia me programando para tirar férias de 23 de agosto à 24 de setembro. Quando vejo o edital entro numa busca determinada para esta vaga.

Entre as exigências e normas do concurso, está o teste físico, que além das atividades de correr, flexão e abdominais, tem, como caráter eliminatório o IMC (índice de massa corporal), e este foi o maior benefício que todo esse processo me proporcionou.

Coincidentemente, nesta mesma segunda feira, dia 06/08, eu tinha um consulta com a endócrino, que havia sido marcada para me ajudar no controle do meus hormônios, pois precisava regular isso para conseguir engravidar. Mas, agora, com o concurso, o objetivo da consulta mudava totalmente, pois, primeiro que durante o processo do concurso, que vai até começo de maio, não pode “apresentar estado de gravidez”, e, segundo que em 06/08 eu pesava nada mais que 75,2Kg, tendo 1,62 de altura!!!

Pois é, chego na médica com o edital, recém impresso nas mãos e uma história doida, com necessidade urgente de baixar mais de 3 pontos do IMC em menos de 3 meses, o que significava emagrecer 10 kilos!!!!

Ela teve como primeira reação a dúvida, pois o tempo era curto, e depois eu vi o interesse dela em me ajudar, já que “hoje em dia o emprego anda tão difícil...”. E lá fui eu, correr literalmente atrás do meu objetivo.

Nesta época eu já estava freqüentando uma academia há 1 mês, porém com um ânimo de fazer triste qualquer professor.

Meta estabelecida lá fui eu.

Na alimentação, cortes radicais. Cortei de imediato todo o carboidrato das refeições, inseri muito mais saladas e mantive as carnes, porém em menores quantidades.

Na academia mudei radicalmente. Parei na hora com a musculação e fiz, praticamente só atividade aeróbica. Passei a fazer 5 aulas por semana de RPM (bicicleta in door) mais uns 20 minutos de esteira e abdominais para me preparar para a prova.

Nesse meio do caminho comecei a estudar. Consegui com minhas amigas de trabalho 4 dos 7 livros da bibliografia específica. Li todos os 4 e comprei os outros 3 quando visitei meus pais no início de setembro. Voltando da viagem me dediquei somente a dois objetivos: estudar e malhar.

Aos poucos comecei a inserir pequenas corridas entre a caminhada e, como já leram em outra postagem, hoje consigo correr 4km.

As férias chegaram ao fim, e junto com ela veio a prova, bem no último domingo, dia 23 de setembro.

Com a prova fiquei feliz, porém ainda “em cima do muro”. Acertei 45 de 60 questões, mas queria (e precisava de mais), e ainda havia a incógnita da redação. Mas a confiança e a determinação me fizeram chegar, na semana passada dentro do IMC. A primeira batalha eu havia vencido. Minha endócrino é só elogios, pois ela nem chegou a falar nada comigo sobre a alimentação, apenas usei de meu bom senso e das dicas que já havia aprendido em outros tempos com reeducação alimentar, com a Ana Lúcia, lá de Campinas.

Pois é, hoje, domingo, peso 65Kg (às vezes até menos um pouco), e minha meta pessoal é chegar em 64kg.

Junto com peso veio o resultado do concurso aos poucos. Primeiro o gabarito oficial, que me favoreceu. Anulou 3 questões das quais eu havia errado duas. Depois veio o resultado da redação, bem na virada de sábado para domingo. Com tal resultado fiquei tão feliz quanto integrante de bateria de escola de samba em dia de apuração de notas, minha nota foi “10,00, nota 10,00!!!!”

Após o resultado da redação, passei o dia de ontem, mais um período de espera, e ao final do dia, por volta de 22:00 vejo a Internet mais uma vez antes de dormir e não acho meu nome entre os convocados para a prova de títulos. Foram convocados 20 pessoas, sendo que a vigésima delas tem média parcial de 8,55. Minha média é 8,5!!!!

Pois é, eu realmente não sei descrever o que estou sentindo no momento, mas não posso deixar de dizer que “o Senhor é meu pastor e nada me faltará”.

Depois de algum tempo, certamente eu verei tudo isso com os olhos de compreensão, mas agora eu só posso dizer, que entre todo esse turbilhão, foi maravilhoso comprar roupas tamanho 40, (eu usava 46).

E agora vocês me dão licença que sol por aqui já nasceu e está me chamando para correr na Jaqueira.

Fiquem todos com Deus, e saibam que nada é por acaso, e que, acima de tudo tem alguém muito especial torcendo por cada um de nós lá de cima, disso eu tenho certeza sempre, o resto, é só viver a vida...

Um abraço, como sempre, com mesmo carinho,

Lidi, 21/08/07 às 5:08am.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

O mundo é uma ervilha...

Às vezes fico imaginando sobre a tal “teoria do grau 7”. É que, em sétimo grau o mundo todo se conhece. Não sei o autor de tal teoria mas a conheço de orelhada e de vida prática mesmo.

Agora a pouco acabei de saber mais uma prova disso.

Eu, Lidiane, casada com Popa (João Paulo), tenho mais 3 irmãos e 1 irmã, a Cila (Maria Cecília).

Cila está em São Paulo fazendo um curso, e como boa apreciadora das coisas boas de Sampa foi ao Mercado Municipal para comer o delicioso e inesquecível sanduíche de mortadela.

O detalhe é ela chegou perto das 18:00 e já estavam encerrando o expediente, dessa forma ela não conseguiu comprar. Porém, conhecendo bem minha irmã, imagino o drama que ela não fez para convencer a garçonete, mas não conseguiu. A garçonete não, mas a moça do lado sim.

Havia uma moça, junto de seu pai, e essa moça, Renata, ofereceu a metade de seu sanduíche, que estava intacto para minha irmã. É claro que minha irmã se recusou, a princípio, mas Renata insistiu dizendo ser “uma cortesia pernambucana”.

Dessa maneira a Cila não só aceitou a metade, como também a dividiu com sua colega e, assim começou uma conversa com a pernambucana Renata, aproveitando o mote de eu, sua irmã, também estar aqui em Recife agora.

O mais legal disso tudo é que, lá pelas tantas, a Cila fala sobre meu sogro, e Renata, na hora perguntou se eu por acaso havia me casado com um dos irmãos de Cris.

Sim, minha cunhada é Cris (Ana Cristina), que tem por amiga de colégio Rosana, uma amiga muito querida.

Hora vejam: Renata é irmã de Rosana, que é amiga de Cris, que é minha cunhada, que conhece Cila, que é minha irmã, que aceitou meio sanduíche de mortadela de Renata, sem nunca tê-la visto na frente, bem no meio do Mercado Municipal de São Paulo.

Agora me digam, esse mundo não é mesmo uma ervilha????

Um abraço,

Lidi

domingo, 30 de setembro de 2007

Agora tenho um vício, e estou muito feliz com ele!

Pois é, pegando a carona do texto anterior não podia deixar de falar do quanto estou feliz e satisfeita comigo por ter rompido barreiras, e ido em busca de mudança.

Há quase dois meses eu estava começando a freqüentar academia sem muita vontade e quase nenhuma disposição. Durante o dia as horas se arrastavam e eu não via a hora de chegar 22:00 para ficar na horizontal e continuar um sono profundo que já se iniciara desde meia hora antes. No dia seguinte acordava às 6:10, muitas vezes com o auxílio do relógio e, quando o ímã da cama me permitia, levantava logo.

Mas desde que agosto começou muitas coisas aconteceram e eu vi a necessidade real de começar a correr.

No começo era uma dificuldade imensa. Demorou para eu perceber o básico: coordenar respiração com meus passos.

Mas, com muita perseverança e incentivo de Popa, lá fui eu. No início era 5 minutos de caminhada, com apenas 5 de corrida e mais outros 5 de caminhada. Aos poucos fui aumentando essa marca, e hoje já corro 3 quilômetros em seguida, e depois de “descansar” uns 500 metros com caminhada, corro mais 1 Km, totalizando meus orgulhosos 4 Km diários.

Correr tem me dado imensa alegria, e desse modo tenho conseguido, aos poucos mudar muitos hábitos de vida, e claro, conseguir uma nova forma física.

A vontade de correr, junto com sol daqui me tiram da cama e me fazem literalmente “correr atrás” do que eu quero.

Agora tenho novas metas a cumprir: iniciarei 2008 com 5Km diários e em 2017, participarei na São Silvestre, para comemorar os meus então 40 anos!

É um plano de vida e, dessa forma revelo, com muito prazer, meu vício: CORRER!

Um abraço e até mais,

Lidiane, 30/09/2007

É verão em Recife...

Desde ontem que tenho a certeza que Deus já abençoou os ventos do verão aqui em Recife.

Para quem não e´daqui, vale explicar. Como já disse antes o clima aqui se divide em dois. O quente e úmido (verão, que vai de setembro a final de abril) e o quente molhado (nos outros meses, em que chove, chove, chove...). Neste ano por aqui não só choveu por um tempo longo, como também teve muito muito vento.

Ventava mais que tudo, e o vento, junto com o tempo nublado mais a brisa do mar davam uma sensação térmica de friozinho (aproximadamente uns 20/25 graus...). É claro que eu gostei muito desse tempo “frio”, mais sabe aquela sensação de que não combina com o lugar.

O tempo foi passando, o mês de setembro chegando e o clima na mesma, e parecia que Recife havia se pintado de cinza nublado, era como se a cidade tivesse ficado temporariamente desbotada.

Mas nesse final de semana tudo mudou. Recife voltou a ficar bonito de novo.

O sol voltou a brilhar mais forte, o vento voltou a se aclamar, o clima definitivamente mudou, e para melhor, para o lado bom.

Junto com essa mudança, na verdade, liderando essa mudança, o nosso astro rei, o Sol está muito mais “aparecido”. É isso mesmo, mais forte, acordando mais cedo e aquecendo a casa de um jeito especial que só o sol de verão sabe fazer.

Com isso, percebi que eu também mudei. Agora tenho a certeza de que meu relógio biológico não é tão biológico assim não, ele é na verdade “solar”.

Foi só mudar o tempo para eu começar a acordar normalmente ainda mais cedo que o costume, como hoje, por exemplo, pleno domingo, que acordei às 5:40!!!

O que para muitos poderia ser um saco, para mim foi um presente divino.

Acordar com os raios solares entrando pelas frestinhas da cortina, ir à sala e ver toda aquela claridade me chamando para a vida foi maravilhoso.

E foi assim, desse modo, que comecei meu domingo, contemplando as coisas simples e belas da natureza e fui para a minha empreitada diária, mais aí á assunto para outro texto.

Até o próximo,

Lidiane, 30/09/2007

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Meu caminho pelo mundo, não sou eu quem traço...

Sempre que eu acho que estou com as rédeas da minha vida nas mãos, vem meu Deus e mostra, sem mais nem menos, que Ele é quem tem, aliás quem sou eu para achar que meus planos são melhores que os dEle...

Pois é, já aconteceu várias vezes.

Uma delas foi na época do casamento.

Muitos planos, muito esforço e muita idéia de adolescente, minha e de Popa em relação ao futuro. Marcamos uma data, que, pelo menos meus pais não aceitaram. Tínhamos planos incertos frente ao nosso futuro financeiro, e claro, nosso plano deu errado. Pois é, Ele já havia traçado outros planos.

O casamento era para ter sido em 12 de novembro de 2005. Nessa época Popa estava em vias de acabar o doutorado e eu sem trabalho, nem em Guariba, nem em Recife.

Então em meio a tanta confusão e incertezas Ele mexe seus pauzinhos: concurso para Popa na federal , com data para prova em meados de novembro/2005, mais um detalhe importante: necessidade de ter concluído o doutorado.

Isso mudou todos os planos. Adiamos casamento, Popa adiantou, como pôde, sua tese e defendeu-a a tempo e veio para prova que o efetivara como professor na federal daqui de Recife.

Eu, que ainda estava sem perspectivas por aqui, descubro uma seleção simplificada para fono, por pura análise de títulos e currículo (tudo por procuração, pois prestes a casar não dava para viajar tanto assim...). Também uma das vagas dessa seleção ficou para mim. Detalhe: para assumir o cargo, segundo o edital, em abril de 2006!

Casamento adiado, faltava resolver nova data. Dezembro nem pensar, de tanta coisa para correr atrás, janeiro muito em cima, fevereiro carnaval e sobrava só março. Na verdade, boa época. Assim eu poderia procurar casa (e tudo o mais de dentro dela) e também aproveitava o carnaval do Recife, “só para aproveitar melhor o tempo”...

E assim foi decidido e feito.

Mais ainda havia a data para escolher. Eu e Popa escolhemos 18/03. Liguei para o padre, e dentre o mês de março/2006 havia todos os outros sábados, exceto é claro, o dia 18. Ligo para Popa e decidimos juntos, o dia 25/03. Nesse momento nem pensamos em mais nada, batemos o martelo e pronto.

Decidida a data, é hora de falarmos para nossos pais, inclusive a outra nova data (não mais o dia 18).

E pimba: mais uma boa surpresa nos era reservada.

Ao falar a data nova para minha mãe, ela quase que chora. Ela me disse na hora que 25/03 é o dia da “anunciação de Nossa Senhora” (que 9 meses exatos depois é o Natal), e que quem casa nesse dia tem bênçãos redobradas. Aí eu já fiquei mais que satisfeita.

Depois da aprovação da minha mãe, é hora de contar a minha sogra. Essa também é tomada pela emoção. A mãe de minha sogra, já falecida, era extremamente apegada à Popa (o qual ela carinhosamente o chamava de “meu Papa”, pois Popa – João Paulo-nasceu 2 meses antes do Papa João Paulo II ser nomeado), e o nome dela era “Anunciada”, justamente por conta da data do nascimento 24/03.

Dessa forma, mais do que coincidência, eu acredito mesmo é que tem alguém muito poderoso e especial lá em cima, que olha por mim muito mais do que eu imagino.

Meu Deus muito obrigada, continue, por favor a trilhar minha vida, e me dê a calma necessária para não (querer) atropelar suas vontades.

Como diz minha mãe: “acalma seu coração, Lidiane...”

Escrito em 17/09/07.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Ops!

Ah meus erros!
A parte sobre a V Turma é Parte III e não II.
Sorry,
Lidi

Parte II: Encontro de 10 anos de formatura da V Turma de Fonoaudiologia da UNESP de Marília – SP

Organizar esse encontro foi um dos objetivos que determinei para este ano.

Dentre tanta correria e falta de tempo com o que realmente é essencial, achei que uma comemoração seria imprescindível.

Durante esses 10 anos muita coisa mudou, muita gente mudou de casa, de cidade, de Estado. De repente reunir as meninas foi uma idéia que cresceu e tomou vida própria. Tive, é claro ajuda das próprias amigas, pois nesse período os contatos mudaram e, em 97 nem tínhamos e-mail.

Em meio ao período de organização, tentei muito encontrar as meninas, fazer contato, para ao menos informá-las do evento. E, apesar de muita insistência não consegui todos os 32 contatos que precisava.

Dentre os contatos que fiz, nem todas compareceram. E foi uma pena, pois certamente a presença de mais gente, faria um evento ainda melhor.

No entanto, de nós 11 que fomos, e passamos por muito ou pouco tempo para chegar até o local escolhido, tenho certeza que valeu a pena. E eu, que fiz uma certa “via sacra” até chegar lá, faria e farei tudo de novo para o próximo evento, só para ter o prazer da companhia de pessoas especiais que compartilharam, junto comigo, anos inesquecíveis vividos em uma cidade linda (e que por sinal está ainda mais linda), que é Marília.

Lá no encontro, rever as meninas, conhecer seus filhos, seus maridos e namorados, ver barrigas carregando vidas, falar bobagens, falar da vida, saber da vida, foi um momento mágico e abençoado.

O lugar foi perfeito, o dia estava lindo.

Tenho certeza que Deus deixou suas bênçãos sobre nós. Afinal, em meio a tantas adversidades, faz-se necessário celebrar a vida, estabelecer rituais, cultuar a alegria, a amizade, as coisas boas que realmente fazem o diferencial na vida.

E foi com muita alegria e entrosamento que já deixamos estabelecido que o próximo encontro oficial será daqui a 5 anos, em Recife.

Queridas amigas da V Turma, o nosso encontro já passou, virou lembrança. E uma doce e inesquecível lembrança do que a amizade é capaz.

Obrigada pelas que foram, e puderam, junto comigo parar o tempo e celebrar a vida.

Um abraço, com carinho e saudades, sempre,

Lidiane

Parte II: Minha Família

“Pai e mãe, ouro de mina...”

(Djavan)

A chegada à casa dos meus pais teve a ajuda do meu irmão, Liço (Maurício), o ônibus só chega até Jaboticabal, e lá, meu irmão nos esperava.

Com a ansiedade de reencontrar a família, e as malas um pouco mais volumosas, fomos ao encontro dos meus pais e também do Nato (Renato) e da Cila (Maria Cecília), e da Rê que trabalha lá nos meus pais.

A alegria da chegada é sempre muito boa. Os abraços, ver os olhos felizes, sentir o cheiro da casa onde se morou por tanto tempo...

Só de lembrar para escrever dá saudade.

Lá na casa dos meus pais, sempre é hora de pôr a mesa. Enquanto a janta se aprontava, saladas e petiscos faziam o tempo que passou ficar bem curto, e parecia até que tínhamos saído de lá há poucos dias.

E, nesse clima de alegria, aconchego e amor de família, ficamos, eu e Popa até o dia 07 de setembro.

Mas, antes da saída, muitos outros reencontros aconteceram.

No domingo (02/09), tivemos uma comemoração antecipada do aniversário do meu pai. Neste dia pude rever meu irmão mais velho, o Tuca, e também meu sobrinho, o Vitor, juntamente com suas esposas (Giovana e Carolina), mais a noiva do Liço (Carolina) e a Gabi, enteada do meu sobrinho, e também o Fernando, enteado do Nato.

O almoço de domingo foi uma delícia, com tudo de bom, churrasco, várias delícias e muita alegria de estarmos juntos.

Família não dá para descrever, só dá para saber o que é vivendo. É um carinho, uma saudade, uma alegria, uma briga, um desentendimento, uma força grande que é maior que a tristeza e as desavenças, que nos une e nos faz querer nos reencontrar outra vez, e mais outra e sempre...

Nos dias em que estive por lá também revi vários amigos, entre eles: a Karime e sua barriguinha de 4 meses, meus padrinhos duplos (de batizado e de casamento) D. Ditinha e Seu Ditinho, ou melhor, meus “padrinhos”, minha tia Lúcia e minha prima Natália.

A vocês todos , meus queridos de Guariba e redondezas que fazem parte da minha vida, saibam que vê-los, foi e é sempre muito bom. A convivência, mesmo que pouca, é vital e essencial. Amo vocês.

E além da minha família, também tive o prazer de reencontrar amigos ao andar pelas ruas da cidade.

Lidiane

Escrito em 09/09/07

Minhas Férias. Parte I: Barão Geraldo

A ansiedade é tanta, que nem sei sobre o que escrevo: família, amigos, V Turma...

Acho que “tudo ao mesmo tempo agora” não funciona né, sendo assim irei por partes.

Estou bem no meio de um turbilhão de emoções. Quase 1 ano e meio depois de casar e me mudar definitivamente para Recife, voltei para meu Estado natal com Popa, e, pela primeira vez, nós dois juntos. A viagem está ótima, tudo muito bom. O avião não atrasou, o café no aeroporto nem ficou tão caro, o ônibus para Campinas foi “um maná” depois de 4 horas dentro de um avião da Gol. E o melhor dessa Parte I: Barão Geraldo. Como eu amo aquele lugar. Barão, para mim, é um lugar encantado. É claro que algumas coisas mudaram, e quase todas, para melhor e mais bonito, mas a essência de Barão continua impecavelmente a mesma.

Chegar em Barão, reencontrar amigos, andar pelas ruas, foi maravilhoso.

Uma passada rápida pela Unicamp, e o melhor: “Empório do Nono”. E mais, a companhia especialíssima da minha amiga e madrinha Bete. Lá no Nono tempo parou. Em plena hora do almoço, não dava para comer comida no melhor boteco que já fui. Lá tem umas comidinhas , como a “porção do balcão”, com o único e irreprodutível rolinho de abobrinha com tomate seco e queijo parmesão. É claro que não comemos apenas isso. Os tais rolinhos vieram acompanhados de gorgonzola, mini salsichas e pão francês quentinho. Obviamente que tais iguarias de boteco só fazem sentido se acompanhadas com um belo copo de chope. E foi, dessa maneira, com chope e “brebots” que eu e Bete conversamos sobre tudo e nada, lá no Nono, em pleno horário de almoço na última sexta de agosto.

Terminado o almoço, havia ainda muito do dia para viver, e muitas alegrias por vir.

Mais reencontros. Logo depois do almoço Bete me deixou em frente à cooperativa de lixo reciclável de Barão, lá pude rever uma amiga e uma de minhas musas: a Nane. Com a Nane conversei mais um bocado e com a doce companhia dela fui visitar meu ex-trabalho, onde reencontrei também a Loriani.

Depois de reencontrar pessoas, passei pela parte de reencontrar lugares. Precisava andar pelas ruas de Barão. Ver e sentir as ruas, as casas, as calçadas, a terra vermelha, verificar os pés de amoras...

Pois é, uma doce parada no meio da tarde. Dei de cara com uma amoreira carregada de pretas e doces frutinhas. Comi, comi, comi, até minha língua ficar roxa.

Barão para mim é isso, uma emoção a cada hora. E olha que nem deu para visitar todos os locais que queria: a capela do Cristo Redentor com suas inesquecíveis missas aos sábados à noite, o laguinho da Unicamp, os teatros de barão (Lume, Barracão Teatro, Útero de Vênus),os grupos musicais, outros tantos bares, botecos, restaurantes e pizzarias, paisagens (como apreciar o pôr-do-sol no observatório da Unicamp).

E mais, no final da tarde houve reunião de amigos na casa de outro amigo: Alexandre. E dessa forma, com muitos amigos e reencontros felizes, terminamos o dia muito bem, e de uma forma bem típica, nosso dia terminou em pizza, e de forno à lenha!

No dia seguinte o tempo em Barão foi muito curto, de lá, partimos para o centro de Convivência. Fiquei muito feliz. A cidade está com uma cara ótima. A feirinha me surpreendeu com vários trabalhos de ótima qualidade e diversidade. Neste passeio a companhia dos amigos foi muito especial. Eu e Popa estivemos com pessoas muito queridas: Donato, Nara e Alexandre. E, em meio a tanta correria uma pausa para colocar alguns anos de distância em dia, com uma rápida conversa no estacionamento do Pão de Açúcar com a Gal, uma das minhas amigas dos tempos de Marília – V Turma.

E, dessa forma, com boas lembranças e uma saudade boa, com gostinho de quero mais, saímos de Campinas depois de 30 horas de alegrias e reencontros especiais.

Lidiane.

escrito em 01/09/07.

sábado, 14 de julho de 2007

Unhas vermelhas

Pois é, hoje quase véspera de meu 31° aniversário, resolvi criar coragem e mudar uma coisa muito simples: a cor das minhas unhas.

Nesse tempo todo variei do “renda” para o “marítimo”, ou seja: do transparente ao incolor...

No começo achava que unhas vermelhas combinavam com uma mulher estilo fatal, depois fui achando que “só as mães” ficavam bem de vermelho, pois estas já eram muito mais que mulheres...

Enfim, não tinha mesmo era coragem de inovar, mudar, assumir um lado mulher dentro de mim.

Às vezes parece que tenho que ser uma eterna menina. Porém também comecei a ver que o tempo está passando e, com ele atitudes, responsabilidades e posicionamentos são necessários, e são atitudes de uma mulher e não de uma menina. Infelizmente o tempo não pára e eu também mudo.

A essência de criança continua, porém com “mais vermelho”, ou seja acabo de assumir meu lado “unhas vermelhas”.

Acabei de chegar do salão e estou me achando o máximo.

Agora é só usar luvas até segunda para que no dia principal o efeito ainda esteja bom.

Viva meu lado vermelho!

Mais um abraço,

Lidiane

Coisas da Vida

Ontem à noite, fui com meu marido, a um espetáculo de comédia muito famoso, principalmente em São Paulo que é “Terça Insana”. Tudo bem, antes que perguntem, terça na sexta?, eu explico. O espetáculo começou funcionado nas terçar-feiras, dia em que os teatros normalmente ficavam fechados em São Paulo.

Pois é, além de ter adorado o espetáculo, que é realmente muito bom, tive uma experiência que já sabia mais ainda não tinha sido tão viva assim.

Além de todo humor dos atores, o que mais me agradou foi o fato de ouvir de novo um sotaque!

Como é bom ter contato com as referências. Tudo bem que o sotaque na maioria das vezes era paulistano e não guaribense, mais mesmo assim foi muito confortável para mim.

Durante a peça pude notar várias expressões e até mesmo palavrões que já não ouvia há muito tempo, desde que vim para Recife.

É maravilhosamente desconcertante ver como isso desencadeia as emoções.

Adorei a noite, e indico, vejam, pretigie “Terça Insana”.

Um abraço,

Lidiane

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Minhas Musas...

“Oh, musa da inspiração...”

Rita Ribeiro

Em toda minha vida sempre tive a presença de mulheres muito fortes, a começar pela minha mãe. Esse texto não exclui de modo algum a presença forte e maravilhosa do meu pai e de todos os meus irmãos, no entanto, acredito que chegou a hora de homenagear tantas mulheres queridas que me ajudaram, de modo muito especial na construção de minha história, no rumo de meus passos...

Só para fixar, novamente as duas mulheres mais presentes são minha mãe, D. Lidivina e minha irmã Cila (Maria Cecília).

Agradeço a Deu, que em todo o meu caminho, sempre colocou pessoas especiais: minhas musas. Ouvindo a música de Rita Ribeiro me veio uma vontade enorme de escrever sobre todas essas mulheres maravilhosas que contribuíram e contribuem até hoje para muitos de meus atos.

Aviso que a história é longa, já tem mais de 30 anos...

Desde de pequena observava as pessoas e, em uma das colônias em que morei na Usina Bonfim (hoje Cosan, pertencente ao município de Guariba-SP), tenho a memória muito nítida de pessoas que admirava muito, e eram mulheres, as mulheres da família “do Carmo Moraes”. Dentre estas, se encontra a minha primeira amiga, a Gana (Morgânia) que é da mesma idade da minha irmã, ela já era minha amiga três anos antes de eu nascer. Além dela tem também suas irmãs: a Célia e a Cristina, estas duas nem imaginam o quanto me influenciaram. Eu não entendia muito como a vida funcionava direito, mais admirava o modo de viver dessas duas meninas na época. Elas gostavam de inventar coisas, estudar, ir atrás de um futuro melhor, com direito à graduação e tudo mais. E eu achava aquilo tudo maravilhoso. Foi vendo a garra e vontade dessas duas que eu me direcionei a estudar, eu queria ser como elas, moças que foram em busca de um sonho. Essas duas se formaram, com muito esforço, em universidades estaduais, e ambas lutaram ativamente na conquista de moradia estudantil. Eu as admiro muito, Célia e Cristina. Foi vendo, suas atitudes que consegui também chegar a uma universidade, e olhem só, também era a “estadual paulista”, e mais, ir atrás do sonho de defender uma dissertação de mestrado.

Da usina até a universidade outras pessoas também foram cruciais, tanto em termos de formação de caráter como também de aprendizagem. É claro que tive alguns professores sofríveis, mais destes, eu nem o nome lembro, no entanto tem 2 professoras inesquecíveis: Luiza Maria e Zina Ciratti.

Luiza Maria, “a Zá”, foi minha professora de educação artística, da 5ª à 8ª séries. Foi com ela que eu aprendi a bordar ponto cruz, fazer desenhos com mais desenvoltura, aprendi sobre arte de um modo geral, e principalmente aprendi o gosto pelo papel de presente. Os ensinamentos dela ultrapassaram os muros escolares, a Zá, é até hoje para mim, um exemplo de delicadeza e capricho.

A D. Zina, foi minha inesquecível professora de história geral do 1º e 2º colegial, no Estadão, em Jaboticabal SP. D. Zina era fantástica, ela também ensinava mais do que tem nos livros, ela passava uma paixão pela história, fazia com que eu pudesse refletir sobre os assuntos.

Na faculdade também tive excelentes professoras, no entanto, minhas musas eram minhas amigas. Neste período tive muitas amizades, e, com todas elas aprendi.

Em outra etapa da minha vida, morei em Barão Geraldo (Campinas-SP). Este também foi um período mágico. Barão tem um astral que só quem vive ou passou por lá alguma vez pode entender o que digo. Pois é, foi lá em Barão, motivada uma musa muito especial, que comecei a fazer minhas primeiras peças em mosaico. Foi com a querida “Nane” (Rosane) que descobri que mosaico era possível.

Conheci a Nane na igreja, logo depois já estávamos na mesma ONG e em meio a tantas conversas, descobri que ela fazia mosaico, entre outras muitas coisas. E foi assim, vendo suas peças, conversando sobre técnica, procurando lugares que vendiam os materiais que tudo começou. Lembro-me ainda que quando comecei a fazer mosaico (e adorei desde o princípio), falei de cara para ela “pois é, acho que vou deixar a fono e fazer só mosaico”. Ela, mais que depressa disse “é aí que você se engana, será agora que você será mais fono...” Ainda estou pensando nessas hipóteses, mais o futuro a Deus pertence.

E, por fim, a minha mais nova musa, é a minha vizinha, amiga e confidente Ana Luiza. Novamente foi através dessa mulher que consegui enxergar as possibilidades comerciais do meu artesanato. A partir das inúmeras conversas que tivemos e temos, passei a acreditar no meu potencial artístico, e com isso, resolvi arriscar e ver no que vai dar.

Mãe, Cila, Morgânia, Célia, Cristina, Zá, D. Zina, Nane, Ana Luiza, minhas tantas amigas espalhadas por esse mundo, muito obrigada por terem, de alguma forma, cruzado meu caminho e me mostrado novas possibilidades e oportunidades. A vocês todas, meu muito obrigado. Continuem assim, simplesmente existindo que a vida de cada uma de vocês é um belo exemplo, e é para vocês que ofereço essa bela música da Rita Ribeiro: Há mulheres.

Um abraço, com carinho

Lidiane – Rocha das Artes

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Tudo passa...

Quando a gente está no meio do furacão não dá para falar de como ele é, o melhor é esperar ele passar e ver o que restou. É dessa maneira que me sinto perante algumas situações complicadas da vida. O problema é que quando estou no meio do furacão, acredito que não consigo ver como ele realmente é porque as lágrimas me impedem.

Quando a vida me surpreende com alguma situação diferente da que eu queria, ou planejava, o futuro fica nebuloso, não sei qual o caminho a seguir, e a melhor forma de resolver isso é ir falando sobre o problema. No começo é doloroso, às vezes o melhor é até ficar quieta, mas a cada vez que conto a história, menor é o peso.

Os amigos têm um poder um poder salvador muito grande, agradeço muito a Deus cada um dos meus amigos, pois sempre conto com eles, e é assim que a vida segue seu caminho.

E, agora que estou mais “leve” só me lembro de uma conversa que tive com minha irmã outro dia. Nessa conversa era ela que estava com problemas, e eu, achando que ia ajudar soltei a pérola “calma, tudo passa”, e ela mais que depressa completou, “a sim, tudo passa mesmo, a uva passa, a banana passa...”

Um abraço e até mais,

Lidiane/ Rocha das Artes

segunda-feira, 28 de maio de 2007

O clima em Recife

Todos sabem que, pessoas amadas à parte (de lugares, inclui-se Barão Geraldo), o que mais sinto falta aqui em Recife é o frio.

Eu amo o inverno, não deve ser à toa que nasci em pleno inverno (julho). Amo as roupas de frio, cachecóis, botas... Pois aqui, isso tudo é um exagero descabido.

O clima aqui em Recife não varia muito, é sempre acima dos 20 graus e, com um período de habitação maior que 1 ano fiz minhas duas próprias definições do clima daqui.

  1. Aqui o clima divide-se em dois:
  • O quente e úmido, ou “verão”. Vai normalmente de agosto até, aproximadamente meados de maio, chove às vezes e sempre se transpira muito.
  • O quente e molhado, ou o “inverno”. Compreende os outros meses, onde a chuva não faz cerimônia para aparecer, ela simplesmente cai a qualquer hora, qualquer momento. Nesta é poça você pode até não transpirar, mas certamente irá se molhar com alguma chuva. É este o inverno daqui. Totalmente o oposto do que o que eu conhecia, frio e seco. O nariz agradece, porém a saudade fica.

2. A outra definição é baseada em possibilidades gustativas, e novamente dividida em 2.

  • Primeiro período: compreende o “verão”. Neste período que é o mesmo dos meses citados acima é totalmente impossível tomar leite quente com chocolate no café da manhã.
  • Segundo período: compreende o “inverno”, e neste, apesar dos suores repentinos é possível degustar calmamente uma generosa caneca de leite quente com chocolate. Chocolate qualquer não vale, só vale à pena se for Toddy, e do tradicional, o da tampa amarela.

E, o bom é que eu estou agora na época boa, época de leite com toddy no café da manhã.

Cada sabor traz consigo um batalhão de sensações e lembranças. Para mim, meu leite com toddy lembra a casa dos meus pais. Eu me lembro do meu irmão Nato tomando seu copo leite, bem quente, com toddy num copo de vidro, onde 1/3 do copo é toddy... Leite quente com toddy tem, para mim, gosto de família.

E, como o assunto é café da manhã., lembrei também do pão, sempre fresquinho, que meu pai compra diariamente.

Certa vez foi preciso pedir para meu pai parar de comprar pó de café. Todo dia ele estava trazendo, junto com os pães, um saquinho de pó de café. Diz ele que é vergonhoso ir à padaria só para comprar pão... Coisas do “Seu Dedé”.

sexta-feira, 18 de maio de 2007

L I M I T E

É tão fácil falar de limite, ainda mais quando é para os outros, mas quando o negócio é para o nosso lado a coisa se complica.

Pois é, estou sentindo na pele, ou melhor no ombro esquerdo, a limitação do meu corpo.

Eu me considero um “tratorzinho” na hora de trabalhar. Procuro dar o máximo de mim na esperança de chegar ao fim. Sempre foi assim. Já me deparei várias vezes varando madrugada para terminar algo, indo ainda além do cansaço para alcançar o objetivo final. Mais será que é o certo? Agora estou na dúvida.

Nos tempos de mestrado, quando ainda estava em Barão Geraldo me enfiava dentro de casa e mau via a rua. Várias vezes até pedia para Popa levar comida para mim só para não ter que parar com o trabalho. Nesse período meu corpo também sinalizou seus limites: engordei, e chegou um dia em que minhas mãos doíam, todo os dedos pediram para eu descansar. Com tamanha pressão acabei cedendo um pouco. Porém na verdade ceder não é muito fácil e confesso, vergonhosamente, que sou “duro na queda”.

A convivência com Popa tem me mostrado o outro lado, novas possibilidades. Ainda tenho insegurança. Fico com medo de parar um trabalho antes do fim. É como se não pudesse. E aí agora, tenho de brinde uma tendinite de ombro. Sei que é algo simples e passageiro, porém preciso rever meus conceitos.

Com a trabalheira para a exposição corri muito e não tive muito tempo para parar. A exposição foi no dia 28, e já no dia 04 embarquei para Buenos Aires (essa é outra etapa, muito por sinal que conto em outra hora) e lá junto com a frente fria veio os primeiros sinais da tendinite. Na volta procurei ajuda médica e comecei fisioterapia com a Mônica. Melhorei e já viu, parei o remédio, relaxei com a fisio e não coloquei gelo. Ah, e mais, para completar a cena fiz 8 (isso mesmo “oito”) horas de mosaico nessa última quarta. Durante a manhã de ontem trabalhei sem problemas, inclusive até, dizendo para os meus pacientes que já estava boa. Porém “alegria de pobre dura pouco” e logo depois do almoço a bichinha voltou com força total. E agora cá estou eu morrendo de vontade de fazer artesanato e com limitações.

Estou me lembrando de vários conselhos e orientações que tanto digo para os outros e vendo na pele o que acontece quando não damos atenção ao nosso corpo. Talvez seja essa consciência o motivo do meu bico. É ruim aceitar o que temos de errado, nossos defeitos. A frase de Caetano é perfeita: “cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é”. Na delícia muitas vezes nem nos lembramos de agradecer, ou mesmo de curtir com carinho e amor as vantagens da nossa saúde. Mas na dor a reclamação é geral.

Agora preciso redirecionar minhas atitudes, rever meus trabalhos e principalmente cuidar mais do meu corpo. Tenho sido muito relapsa com ele, e ele está reclamando.

Vou tentar me organizar, propiciar mais momentos para “desanuviar”, quem sabe assim o equilíbrio volta e fica por muito, muito mais tempo. Preciso aprender mais o modo de vida de Popa: desanuviar a mente para trabalhar melhor.

quinta-feira, 10 de maio de 2007

Portfolio

Pessoal, pessoal, olha só se não sou eu né, esqueci de colocar o link para as fotos dos artesanatos. Então para facilitar a vida de todos, aqui está:

http://www.flickr.com/photos/7729906@N07

Quanto a novidades logo escreverei mais.
Um abraço para todos, com carinho sempre,
Lidi

domingo, 29 de abril de 2007

Rocha das Artes

Não tive filhos ainda mais já pari pela segunda vez

Meus queridos, para quem não sabe estou tendo este ano de 2007 como um marco crucial para delinear o resto de minha vida profissional (leia-se: arrecadação financeira). Acabo do parir uma filha, com toda a minha essência, a “Rocha das Artes” (o outro parto foi o mestrado, em março/2005).

Não é de hoje que amigos e colegas elogiam os trabalhas manuais que tanto gosto de fazer e me incentivam a vê-los como fonte de renda. Pois é, agora é real. Estou com a cabeça cheia de idéias e já tenho como meta a produção organizada de trabalhos artesanais em mosaico e em tear manual. Esses trabalhos me dão muito prazer, com eles, me esqueço do mundo e vejo a vida com muito mais cor.

Nasce assim um nome “Rocha das Artes”. O mais legal é que essa Rocha inclui também minha mãe e a Cila (minha irmã). Elas contribuem com a arte das lindas “Bonecas de Pano” e bijuterias artesanais.

Atualmente estou empenhada nessas duas técnicas que disse, mosaico e tear, porém quanto mais faço mais me interesso por artesanato e aí a cabeça dá muitas voltas.

Ontem, dia 28 foi um pontapé inicial de uma idéia casada do artesanato com a gastronomia, pois essa é outra arte que também me fascina. Não precisa me conhecer muito para saber o quanto valorizo a alimentação e o quanto contemplo a arte da cozinha. Nesse campo tenho muita intimidade, pois devo à minha mãe essa liberdade com os alimentos e a vontade de cozinhar com prazer e sem frescura. Não sei fazer nada muito rebuscado, minha culinária é simples, repleta de farinha de trigo e mussarela... Amo pães, massas, bolos, tendo trigo, estou dentro!

E voltando ao tempo, ontem como disse, participei intensamente do projeto “Artesanato & Gastronomia” (e vale referir que “eu” na verdade significa “nós”, pois inclui TOTALMENTE meu amado POPA, que esteve e está comigo em todos os projetos e idéias e tudo o mais).

Esse projeto surgiu com a ajuda de mais outras duas amigas: Ana Luisa (fonoaudióloga, mãe, artesã, empreendedora) e Mônica (fisioterapeuta e artesã). Nós três tivemos a idéia de unir artesanato e gastronomia para divulgar nossos trabalhos em meio a um ambiente agradável e farto de boa comida. Para isso utilizamos o espaço da Clínica (Terapia & Movimento) e lá expusemos nossos trabalhos. No cardápio, feito também com muito esmero, caprichamos naquilo que melhor fazemos na cozinha: os crepes doces e salgados de Ana Luisa e minhas pizzas carregadas de toda experiência das pizzarias tão freqüentadas em Barão Geraldo.

Nosso cardápio foi assim (só para dar água na boca):

Crepes salgados:

  1. Italiano: salame, queijo, azeitonas, rúcula e tomate seco.
  2. Matuto: carne de charque desfiada refogada na cebola, queijo cremoso e queijo coalho.
  3. Frango: frango desfiado, queijo cremoso, manjericão e tomate seco.

Crepes doces:

  1. Cartola: banana, queijo, açúcar e canela.
  2. Mariana: chocolate derretido com castanha, sorvete de creme ou chocolate, com calda de chocolate.

Pizzas (todas com borda recheada com queijo cremoso e gergelim):

  1. Purpurina: mussarela e alho torrado (essa é toda inspirada na “Estação Santa Fé” de Barão Geraldo, aliás, eu indico).
  2. Calabresa: calabresa fatiada, cebola fininha e mussarela.
  3. Portuguesa: mussarela, presunto, ovo, palmito, parmesão e cebola.
  4. Marguerita: mussarela, tomate, parmesão e manjericão.

Pois é meus queridos, o feriado, a distância entre outras coisas não permitiu a participação de todos vocês, porém essa idéia quer virar hábito, pelo menos bimestral e, a partir de agora estão todos devidamente informados e esperados para os próximos.

Quem foi, foi só elogios, mas o mais legal foi ver que quem foi se sentiu bem, ficou à vontade, aproveitou o espaço que preparamos e disse voltar. As fotos estão aí para comprovar os fatos.

Espero vê-los por aqui neste blog com comentários, dicas sugestões. Façam desse meio um elo entre nós.

Um abraço bem apertado e carinhoso em cada um de vocês,

Lidiane Cristina Rocha

“Rocha das Artes”

29/04/07