sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Artesã, é isso que sou

Nessa segunda feira é o último dia para o pagamento de uma inscrição que fiz para um concurso, de cadastro de reserva, para o Conselho Regional de Fonoaudiologia daqui de Recife e região nordeste.
Escrevo este post, principalmente para me justificar junto a amigas querida que me incentivaram a seguir adiante.
Lamento mas não farei.
O meu caminho já existe, meu trabalho já acontece e a fonoaudiologia, infelizmente, fica cada vez menos concreta na minha vida.
É como um casamento que acabou com amor dos dois lados. Eu amo e respeito sempre, e defendo com tudo que for possível, mas a arte bate mais forte aqui comigo.
Durante minha atuação como fono fiz coisas boas, conheci pessoas maravilhosas.
Mas nem tudo foram flores, e, já no fim, no HSE (Hospital do Servidor do Estado) fui vendo que ir para o trabalho era uma luta. Todo dia precisava matar um dragão, vencer a cada terapia a falta de material, a necessidade de criar a partir do nada, condições possíveis de trabalho que, realmente pudessem estimular ou trazer a linguagem dos pacientes.
Quem me conhece sabe que não me conformo com as coisas, sempre acredito que é possível (e muitas vezes era necessário mesmo) ir além. Assim lá ia eu com minha "casa nas costas" levando o máximo que podia para, que de um modo quase que artesanal, construísse junto com meus pacientes, uma comunicação mais efetiva. Esse processo não estava me fazendo muito feliz, sendo assim adotei o artesanato como ofício, trabalho, devoção.
Realmente as minhas filhas não são propriedade minhas, mas estão sob minha responsabilidade. Eu preciso respirar e viver, e por esse motivo, que desde bem cedo fiz curso, fui atrás, e pesquiso sempre que posso tendências, técnicas e materiais.
Meu trabalho hoje é meu momento LIDIANE.
Patchwork, mosaico, costura, tintas, pincéis e tantas outras coisas permeiam entre minhas mãos e olhos e me enchem de vida.
Cada projeto é um novo desafio, um novo aprendizado e, claro, uma nova paixão.
Quando estou no meu (mini) ateliê meu mundo é ali, e nesse momento, não há nada mais importante do que eu e ato de fazer.
Na maioria das vezes nem mesmo tenho a música como companhia. Meu tempo voa, as mãos não param e, quando vejo, ficou pronto.
Sei que ainda há muito a fazer, mas não tenho pressa, aos poucos a produção vai se tornando mais constante e, com o tempo tenho planos e determinação, o trabalho será com carga horária mais usual.
Hoje mesmo consegui, finalmente encontrar uma imagem de São José para me abençoar.
Peço a Deus saúde, e que São José me abençoe, pois eu sou uma artesã, é isso que sou.
Abraço,
Lidi

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Estória com história

Ontem eu estava na sala de casa fazendo as unhas com a minha atual coleção de esmaltes, que, graças às minhas filhas, vai do branco ao preto passando obrigatoriamente por uma gama bem grande de cores, das mais vibrantes possíveis. Bem, enquanto eu me dedicava às cutículas, Maria Luiza brincava com seu jogo de chá e Maria Helena começou a brincar com os esmaltes. Ela pegou cinco cores e colocou uma ao lado da outra e disse: aqui está o "5 a seco". Arrumando os outros esmaltes em frente aos 5 disse: e aqui as pessoas vão ficar. E aí continuou: Esse aqui é vovô, essa aqui é vovó, esse é o primo Calvin, essa é Letícia (prima também), essa é tia Cris, esse é o tio Diogo, esse é o tio Tuca, essa é o tio Nato, esse daqui clarinho,é a vovó Lidi, esse daqui (risos) é a tia Cila! Nesse momento, vem Maria Luiza, com um tubo vazio de MM e completa: "e agora está chegando Lenine!" Quanta riqueza, quanta coisa que me veio à cabeça com essa cena. O valor da família, que está no coração, e é relembrado e vivido dia a dia. Ela se lembrou de vários familiares, próximos e distantes com o mesmo amor. E, claro, desculpem-me mais não é preconceito meu não, e sim, pós conceito, em tempos em que muitos se dizem músicos e vão á TV requebrar e dizer estrofes sem poesia e sem beleza, ver minhas filhas cantarolando águas de março e fãs de Lenine e 5 a seco, eu só ficar feliz. Ah, e como ontem foi o dia do aniversário do meu pai (falecido em 03/02/2008), eu fui dizer isso para Helena, completando que ele está no céu. E ela, sem demora, disse: "e ele vai descer?" E para terminar, também ontem estava vestida com um vestido quadriculado de vermelho e branco. Maria Luiza: "você está de pic nic!" Que essas alegrias iluminem nossos dias. Abraço feliz, Lidi

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Setembro veio magenta!

Agosto demorou mais que 31 dias a passar... Com ele veio também o vento intenso e forte, característico da época, e mesmo com um atraso, vieram as chuvas um pouco mais fortes, muito embora nem se compararam às de 2011. Mesmo assim deu um ar mais pesado ao extremamente solar Recife. Mas a época agora é outra, setembro chegou, tempo de abrir as janelas da casa e da alma. A natureza começa a convidar para o sol. Os jambeiros, espalhados por toda a cidade, pintam o chão de magenta com uma intensidade maravilhosa, não dá mais para deixar a praia de lado, é hora de tirar o mofo da casa e da alma e abrir o peito para apreciar a vida fora de casa. Por aqui a primavera, apesar do magenta do jambeiro, nem é muito lembrada. As estações são praticamente duas: verão quente e inverno (quente e) chuvoso, dessa forma, no feriado de 7 de setembro já se comemora a abertura do verão. Faço aqui minha singela homenagem à primavera recifense, que existe e é maravilhosamente magenta! Que setembro seja assim, cheio de festa, graça e vida, pois até eu mesma queria já ter escrito desde o dia 1 e só hoje consegui. E dessa vez os motivos foram os melhores possíveis: pic nic, aniversário e o mais especial de todos: reencontro de amiga mais que especial. Assim com toda essa energia boa, espero que setembro seja assim para todos, e com boas novas mudanças, ou mesmo resgate, pois agora, como podem ver, resgatei meu blog, mudei o nome e estou de volta. Constância nunca foi uma característica daqui, mas sempre que conseguir, escreverei. Abraços magenta, Lidi