terça-feira, 9 de outubro de 2012

Era digital

Enfim, eu que me considero, sem frescura, uma mulher das antigas e que adora internet, finalmente entrei na era digital.
Tecnologia aqui em casa é domínio de meu marido, meu querido e amado Popa. Aqui todos os equipamentos eletro eletrônicos são "popa-dependentes".
É verdade sim. Os computadores não respondem, a TV perde o sinal e assim vai.
Passei por uns mal bocados com fotos. A nossa querida super máquina digital de 2007 não resistiu a alguns milhares de fotos pós vinda das Marias. O celular não tem qualidade suficiente, e o tablet ou descarregava, ou estava com seu dono, sim o Popa!
Mas, com carinho e na hora certa o próprio homem da casa me presenteou com uma versão atual, funcional e, ainda por cima violeta!
Resolvido o problema do registro dos trabalhos e da vida.
Mas isso foi só o começo dessa minha era digital.
A partir do momento que a tecnologia avança o modo mecânico não cativa mais e os processos para que os objetos funcionem são tão demorados, chatos e frustrantes que o melhor é ceder ao novo.
Pois bem o produto em questão agora é máquina de costura.
Quando paro e olho para trás, fico sem saber como foi possível trabalhar em condições tão difíceis. Até o ano passado não tinha ateliê, e trabalhava pela casa toda. Cortava na sala, costurava no quarto da minha mãe e passava no local que hoje é o ateliê. Para quem faz patchwork dá para imaginar a logística "boa" que era. Isso sem contar que quiltei algumas colchas de solteiro e algumas maiores ainda em uma mesa de 80X80!
Por aí vejo que o amor pelo que se faz está acima das condições possíveis, e quando se quer a obra aparece.
Bom, voltando ao fato da máquina.
No início, que estive aqui em Recife, em 2005 [a história é longa e vou abreviar: vim sem meu marido, na época noivo, pois ele estava em Campinas. Fiquei por 4 meses morando com meus sogros, e fui até confundida por estranhos que acharam que eu era irmã de minha cunhada. Mas enfim, para ajudar a me ocupar (e também bagunçar um pouco a sala de jantar da casa)] meu sogro comprou uma máquina doméstica Singer Inspiração. É uma máquina simples, porém ela sempre me salva, pois como não tem muitos recursos faz bem seu trabalho simples.
Em maio de 2009 quando fiz o curso básico de patchwork fui apresentada à Singer Quilter que me pareceu muito boa e bem mais completa. Em junho do mesmo ano a minha Quilter chegou e me ajudou em todos os trabalhos até pouco tempo atrás. Porém, por ser uma máquina mecânica e precisar de vários ajustes para pontos diferentes (leia-se decorativos) eu nunca consegui me adaptar bem à ela. É bom esclarecer ainda, que esta máquina Quilter não vem com manual funcional, e não consegui encontrar ajuda na internet.
Ela foi, várias vezes para revisão e check-ups. Lembro-me com clareza que a usei bem nos meses de novembro e dezembro passado. Em janeiro viajei para a casa de minha mãe, em fevereiro fiz as arrumações necessárias no ateliê e em abril ela foi para a revisão. Novamente a usei. Parei com ela nos meses de junho e julho, e no final de agosto lá fui eu novamente à autorizada.
Nesse serviço, em especial precisei ouvir, de dois senhores da loja que o problema da máquina "era a operadora". Algumas respirações profundas depois, esclareci novamente o que havia notado e eles inventaram, nitidamente algo para "consertar".
Ao usá-la em casa vi outro problema e aí mudei de local. Depois de andar um trecho considerável com a máquina nos braços (peso aproximado de 9,5kg), descobri que o local era na direção oposta e sim, fui bem atendida e, pelo menos o responsável deste local fez um "teste" comigo no qual verificou que o problema não era eu!!!!
Fiquei feliz a máquina foi novamente consertada e voltei no dia seguinte para buscar. Na retirada, enquanto o moço via se podia me entregar a minha máquina para mim, pois eu esquecera o comprovante em casa, (pelo menos 30 minutos de carro de casa sem trânsito, o que não foi o caso, nesse dia 1 hora para cada trecho) matei uma barata, ouvi graça,  precisei recolher a mesma e jogar no lixo.
Enfim, depois disso tudo voltei para casa e, de novo não consegui fazer os tais pontos decorativos.
Me cansei e dei um basta.
E hoje, finalmente chegou minha nova máquina. Uma Janome 3160 para chamar de minha. Toda digital, simples simples de usar. Basta dizer que já testei todos os pontos decorativos e até mesmo meu marido, "que nunca antes na história desta casa" havia se sentado em frente a uma máquina, se sentou e costurou com e sem pedal vários pontos.
Enfim, agora sim estou digitalizada.
Antes de comprar pesquisei muito, e gostei desse blog: http://oceanodevidro.blogspot.com.br/2012/02/singer-brother-ou-janome.html
Felizmente devo concordar com cada palavra. A máquina realmente me impressionou, e ainda tirou um peso da consciência o barulho para os vizinhos, ela é bem silenciosa.
Nova etapa, nova faze e que venham as inspirações, pois a alegria de hoje não poderia ter vindo em melhor hora "Semana da Criança".
Ganhei de verdade um brinquedo novo com cheirinho de plástico e tudo. E por essas e outras que hoje, em especial, mais do que o normal, "estou feliz pra cachorro, contente pra burro" (para trilha sonora é só procurar  5 a seco).
Felicidades para todos,
Lidiane

domingo, 7 de outubro de 2012

O tempo em "quase" 5 anos

Semana passada fui com minha família passar 2 dias em Porto de Galinhas.
Lá nos hospedamos em uma pousada simples que, em janeiro de 2008 pude me hospedar com meu marido e sua família.
Voltando a esse lugar passou muita coisa em minha lembrança...
Naquela época meu pai ainda estava presente, a maternidade ainda era um sonho, meu trabalho tomava outros rumos, eu estava BEM mais magra...
Chegando na pousada procurei pela dona, que é a administradora e responsável, e, mesmo 5 anos depois tudo está muito parecido, arrumado e cuidado com carinho.
Ao ver D. Moema vi que o tempo também passara para ela.
O tempo não pára, e vai deixando suas marcas.
Quando me deparei com o intervalo de quase 5 anos vi que o que vale é o aqui e agora. Com responsabilidade e cuidado, é possível ver que sempre há perdas e ganhos, tristezas e alegrias e, para manter a linha, frente a tudo isso, o equilíbrio é fundamental.
Olhei para mim, e comecei a ver, com calma e verdade vários aspectos meus e, como estou ao longo desse intervalo. Certamente o peso foi o mais notório, algo está errado e a mudança tem que acontecer.
Mas, apesar da perda de meu pai, da saudade, do convívio contínuo com a distância de meus familiares o fato de ter agora "uma família para chamar de minha" me deixou bem feliz e tranquila.
E, pensando em nós 4 vi que, novamente a "felicidade está nas coisas simples".
Seria ótimo ter todos juntos, ter meu pai ainda por aqui, poder vê-lo com minhas filhas entre tantas outras coisas. Isso sem contar na falta que sinto de escutar sua voz, pois nos sonhos eu nunca o ouço...
Que seria melhor seria, mas o fato é outro então o melhor é fazer de cada etapa uma nova fase com amor e carinho.
E a propósito, a frase escrita em um prato na parede não é de minha autoria não. Ela faz parte da decoração de um restaurante lá de Porto, e eu que já havia visto antes no face, não resisti e achei que ela diz o essencial.
Abraço,
Lidi