sexta-feira, 22 de junho de 2007

Minhas Musas...

“Oh, musa da inspiração...”

Rita Ribeiro

Em toda minha vida sempre tive a presença de mulheres muito fortes, a começar pela minha mãe. Esse texto não exclui de modo algum a presença forte e maravilhosa do meu pai e de todos os meus irmãos, no entanto, acredito que chegou a hora de homenagear tantas mulheres queridas que me ajudaram, de modo muito especial na construção de minha história, no rumo de meus passos...

Só para fixar, novamente as duas mulheres mais presentes são minha mãe, D. Lidivina e minha irmã Cila (Maria Cecília).

Agradeço a Deu, que em todo o meu caminho, sempre colocou pessoas especiais: minhas musas. Ouvindo a música de Rita Ribeiro me veio uma vontade enorme de escrever sobre todas essas mulheres maravilhosas que contribuíram e contribuem até hoje para muitos de meus atos.

Aviso que a história é longa, já tem mais de 30 anos...

Desde de pequena observava as pessoas e, em uma das colônias em que morei na Usina Bonfim (hoje Cosan, pertencente ao município de Guariba-SP), tenho a memória muito nítida de pessoas que admirava muito, e eram mulheres, as mulheres da família “do Carmo Moraes”. Dentre estas, se encontra a minha primeira amiga, a Gana (Morgânia) que é da mesma idade da minha irmã, ela já era minha amiga três anos antes de eu nascer. Além dela tem também suas irmãs: a Célia e a Cristina, estas duas nem imaginam o quanto me influenciaram. Eu não entendia muito como a vida funcionava direito, mais admirava o modo de viver dessas duas meninas na época. Elas gostavam de inventar coisas, estudar, ir atrás de um futuro melhor, com direito à graduação e tudo mais. E eu achava aquilo tudo maravilhoso. Foi vendo a garra e vontade dessas duas que eu me direcionei a estudar, eu queria ser como elas, moças que foram em busca de um sonho. Essas duas se formaram, com muito esforço, em universidades estaduais, e ambas lutaram ativamente na conquista de moradia estudantil. Eu as admiro muito, Célia e Cristina. Foi vendo, suas atitudes que consegui também chegar a uma universidade, e olhem só, também era a “estadual paulista”, e mais, ir atrás do sonho de defender uma dissertação de mestrado.

Da usina até a universidade outras pessoas também foram cruciais, tanto em termos de formação de caráter como também de aprendizagem. É claro que tive alguns professores sofríveis, mais destes, eu nem o nome lembro, no entanto tem 2 professoras inesquecíveis: Luiza Maria e Zina Ciratti.

Luiza Maria, “a Zá”, foi minha professora de educação artística, da 5ª à 8ª séries. Foi com ela que eu aprendi a bordar ponto cruz, fazer desenhos com mais desenvoltura, aprendi sobre arte de um modo geral, e principalmente aprendi o gosto pelo papel de presente. Os ensinamentos dela ultrapassaram os muros escolares, a Zá, é até hoje para mim, um exemplo de delicadeza e capricho.

A D. Zina, foi minha inesquecível professora de história geral do 1º e 2º colegial, no Estadão, em Jaboticabal SP. D. Zina era fantástica, ela também ensinava mais do que tem nos livros, ela passava uma paixão pela história, fazia com que eu pudesse refletir sobre os assuntos.

Na faculdade também tive excelentes professoras, no entanto, minhas musas eram minhas amigas. Neste período tive muitas amizades, e, com todas elas aprendi.

Em outra etapa da minha vida, morei em Barão Geraldo (Campinas-SP). Este também foi um período mágico. Barão tem um astral que só quem vive ou passou por lá alguma vez pode entender o que digo. Pois é, foi lá em Barão, motivada uma musa muito especial, que comecei a fazer minhas primeiras peças em mosaico. Foi com a querida “Nane” (Rosane) que descobri que mosaico era possível.

Conheci a Nane na igreja, logo depois já estávamos na mesma ONG e em meio a tantas conversas, descobri que ela fazia mosaico, entre outras muitas coisas. E foi assim, vendo suas peças, conversando sobre técnica, procurando lugares que vendiam os materiais que tudo começou. Lembro-me ainda que quando comecei a fazer mosaico (e adorei desde o princípio), falei de cara para ela “pois é, acho que vou deixar a fono e fazer só mosaico”. Ela, mais que depressa disse “é aí que você se engana, será agora que você será mais fono...” Ainda estou pensando nessas hipóteses, mais o futuro a Deus pertence.

E, por fim, a minha mais nova musa, é a minha vizinha, amiga e confidente Ana Luiza. Novamente foi através dessa mulher que consegui enxergar as possibilidades comerciais do meu artesanato. A partir das inúmeras conversas que tivemos e temos, passei a acreditar no meu potencial artístico, e com isso, resolvi arriscar e ver no que vai dar.

Mãe, Cila, Morgânia, Célia, Cristina, Zá, D. Zina, Nane, Ana Luiza, minhas tantas amigas espalhadas por esse mundo, muito obrigada por terem, de alguma forma, cruzado meu caminho e me mostrado novas possibilidades e oportunidades. A vocês todas, meu muito obrigado. Continuem assim, simplesmente existindo que a vida de cada uma de vocês é um belo exemplo, e é para vocês que ofereço essa bela música da Rita Ribeiro: Há mulheres.

Um abraço, com carinho

Lidiane – Rocha das Artes

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Tudo passa...

Quando a gente está no meio do furacão não dá para falar de como ele é, o melhor é esperar ele passar e ver o que restou. É dessa maneira que me sinto perante algumas situações complicadas da vida. O problema é que quando estou no meio do furacão, acredito que não consigo ver como ele realmente é porque as lágrimas me impedem.

Quando a vida me surpreende com alguma situação diferente da que eu queria, ou planejava, o futuro fica nebuloso, não sei qual o caminho a seguir, e a melhor forma de resolver isso é ir falando sobre o problema. No começo é doloroso, às vezes o melhor é até ficar quieta, mas a cada vez que conto a história, menor é o peso.

Os amigos têm um poder um poder salvador muito grande, agradeço muito a Deus cada um dos meus amigos, pois sempre conto com eles, e é assim que a vida segue seu caminho.

E, agora que estou mais “leve” só me lembro de uma conversa que tive com minha irmã outro dia. Nessa conversa era ela que estava com problemas, e eu, achando que ia ajudar soltei a pérola “calma, tudo passa”, e ela mais que depressa completou, “a sim, tudo passa mesmo, a uva passa, a banana passa...”

Um abraço e até mais,

Lidiane/ Rocha das Artes