segunda-feira, 28 de maio de 2007

O clima em Recife

Todos sabem que, pessoas amadas à parte (de lugares, inclui-se Barão Geraldo), o que mais sinto falta aqui em Recife é o frio.

Eu amo o inverno, não deve ser à toa que nasci em pleno inverno (julho). Amo as roupas de frio, cachecóis, botas... Pois aqui, isso tudo é um exagero descabido.

O clima aqui em Recife não varia muito, é sempre acima dos 20 graus e, com um período de habitação maior que 1 ano fiz minhas duas próprias definições do clima daqui.

  1. Aqui o clima divide-se em dois:
  • O quente e úmido, ou “verão”. Vai normalmente de agosto até, aproximadamente meados de maio, chove às vezes e sempre se transpira muito.
  • O quente e molhado, ou o “inverno”. Compreende os outros meses, onde a chuva não faz cerimônia para aparecer, ela simplesmente cai a qualquer hora, qualquer momento. Nesta é poça você pode até não transpirar, mas certamente irá se molhar com alguma chuva. É este o inverno daqui. Totalmente o oposto do que o que eu conhecia, frio e seco. O nariz agradece, porém a saudade fica.

2. A outra definição é baseada em possibilidades gustativas, e novamente dividida em 2.

  • Primeiro período: compreende o “verão”. Neste período que é o mesmo dos meses citados acima é totalmente impossível tomar leite quente com chocolate no café da manhã.
  • Segundo período: compreende o “inverno”, e neste, apesar dos suores repentinos é possível degustar calmamente uma generosa caneca de leite quente com chocolate. Chocolate qualquer não vale, só vale à pena se for Toddy, e do tradicional, o da tampa amarela.

E, o bom é que eu estou agora na época boa, época de leite com toddy no café da manhã.

Cada sabor traz consigo um batalhão de sensações e lembranças. Para mim, meu leite com toddy lembra a casa dos meus pais. Eu me lembro do meu irmão Nato tomando seu copo leite, bem quente, com toddy num copo de vidro, onde 1/3 do copo é toddy... Leite quente com toddy tem, para mim, gosto de família.

E, como o assunto é café da manhã., lembrei também do pão, sempre fresquinho, que meu pai compra diariamente.

Certa vez foi preciso pedir para meu pai parar de comprar pó de café. Todo dia ele estava trazendo, junto com os pães, um saquinho de pó de café. Diz ele que é vergonhoso ir à padaria só para comprar pão... Coisas do “Seu Dedé”.

sexta-feira, 18 de maio de 2007

L I M I T E

É tão fácil falar de limite, ainda mais quando é para os outros, mas quando o negócio é para o nosso lado a coisa se complica.

Pois é, estou sentindo na pele, ou melhor no ombro esquerdo, a limitação do meu corpo.

Eu me considero um “tratorzinho” na hora de trabalhar. Procuro dar o máximo de mim na esperança de chegar ao fim. Sempre foi assim. Já me deparei várias vezes varando madrugada para terminar algo, indo ainda além do cansaço para alcançar o objetivo final. Mais será que é o certo? Agora estou na dúvida.

Nos tempos de mestrado, quando ainda estava em Barão Geraldo me enfiava dentro de casa e mau via a rua. Várias vezes até pedia para Popa levar comida para mim só para não ter que parar com o trabalho. Nesse período meu corpo também sinalizou seus limites: engordei, e chegou um dia em que minhas mãos doíam, todo os dedos pediram para eu descansar. Com tamanha pressão acabei cedendo um pouco. Porém na verdade ceder não é muito fácil e confesso, vergonhosamente, que sou “duro na queda”.

A convivência com Popa tem me mostrado o outro lado, novas possibilidades. Ainda tenho insegurança. Fico com medo de parar um trabalho antes do fim. É como se não pudesse. E aí agora, tenho de brinde uma tendinite de ombro. Sei que é algo simples e passageiro, porém preciso rever meus conceitos.

Com a trabalheira para a exposição corri muito e não tive muito tempo para parar. A exposição foi no dia 28, e já no dia 04 embarquei para Buenos Aires (essa é outra etapa, muito por sinal que conto em outra hora) e lá junto com a frente fria veio os primeiros sinais da tendinite. Na volta procurei ajuda médica e comecei fisioterapia com a Mônica. Melhorei e já viu, parei o remédio, relaxei com a fisio e não coloquei gelo. Ah, e mais, para completar a cena fiz 8 (isso mesmo “oito”) horas de mosaico nessa última quarta. Durante a manhã de ontem trabalhei sem problemas, inclusive até, dizendo para os meus pacientes que já estava boa. Porém “alegria de pobre dura pouco” e logo depois do almoço a bichinha voltou com força total. E agora cá estou eu morrendo de vontade de fazer artesanato e com limitações.

Estou me lembrando de vários conselhos e orientações que tanto digo para os outros e vendo na pele o que acontece quando não damos atenção ao nosso corpo. Talvez seja essa consciência o motivo do meu bico. É ruim aceitar o que temos de errado, nossos defeitos. A frase de Caetano é perfeita: “cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é”. Na delícia muitas vezes nem nos lembramos de agradecer, ou mesmo de curtir com carinho e amor as vantagens da nossa saúde. Mas na dor a reclamação é geral.

Agora preciso redirecionar minhas atitudes, rever meus trabalhos e principalmente cuidar mais do meu corpo. Tenho sido muito relapsa com ele, e ele está reclamando.

Vou tentar me organizar, propiciar mais momentos para “desanuviar”, quem sabe assim o equilíbrio volta e fica por muito, muito mais tempo. Preciso aprender mais o modo de vida de Popa: desanuviar a mente para trabalhar melhor.

quinta-feira, 10 de maio de 2007

Portfolio

Pessoal, pessoal, olha só se não sou eu né, esqueci de colocar o link para as fotos dos artesanatos. Então para facilitar a vida de todos, aqui está:

http://www.flickr.com/photos/7729906@N07

Quanto a novidades logo escreverei mais.
Um abraço para todos, com carinho sempre,
Lidi