sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

happy hour

Não podia deixar de relatar.
Hoje, as meninas com 1 ano e 20 dias fizemos nosso primeiro happy hour, só nós 4!
E podemos dizer que foi um sucesso.
Bendita seja a pizza, e para mim a melhor de todas, a Marguerita!
Elas foram conosco, andaram o bar todo (eu confesso: entrei com Helena no banheiro masculino)!
Mas o detalhe que fez diferença: nós fomos os primeiros (e únicos enquanto estivemos por lá) fregueses do bar desta sexta-feira.
Outra coisa que me lembrei: fazia com certeza mais de 1 ano que não comia pizza fora de casa, por aqui ela sempre tem vindo nas caixas pelos motoboys.
Pizza assada em forno a lenha e comida na horinha, sem caixa é outra coisa.
Essa foi a primeira de muitas saídas de nossa pequena grande família, afinal de contas, respirar é preciso.

Ah, nesse domingo será o "batizado carnavalesco" das meninas, pois o religioso ocorreu no domingo de carnaval do ano passado.
Iremos os 4 no Guaiamum Trelosinho ano 1.
Guaiamum Treloso é um bloco bem tradicional daqui, e neste ano a versão infantil é novidade e contará com nada mais, nada menos que "Palavra Cantada".
Fantasias prontas é só acalmar a ansiedade da mãe.

Um abraço e bom final de semana.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Debaixo d’água

“Debaixo d’água tudo era mais bonito
mais azul mais colorido
só faltava respirar”

Arnaldo Antunes

Pois é, é assim mesmo que me sinto sendo mãe. É a melhor e mais intensa sensação que podia imaginar.
É algo que supera a canseira e todo o resto, mas... tenho que respirar.
É como se eu precisasse me lembrar que sou eu, ter algum tempinho pra poder correr, sair só, ficar com Popa, ou mesmo conversar com amigas, nem que seja pelo telefone.
Pelo menos acredito que meus períodos respiratórios são bem espaçados, dessa forma vou me ajustando com as meninas e, juntas vamos levando.
Mas apesar de ter que respirar, digo, friso e repito: viver com elas é maravilhoso. A cada dia elas estão mais bonitas, mais sabidas, mais independentes, se tornando (como diz o pai) “pessoinhas”.
Novos dentes estão surgindo, já andam com uma certa desenvoltura, já simbolizam algumas coisas, e Luiza já diz papai, mamãe e água.
Helena diz mamãe , mas só quando quer.
E é tudo mais azul mais colorido com elas por perto que muitas vezes nem percebo que meu tempo de respirar quase já se foi...
Lidiane, 28/01/10

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Para minha irmã

Queria Cila, o tempo passa os caminhos nos levam para lugares distantes, muito embora o pensamento e o amor estejam sempre presentes.
A vida adulta faz com que as imagens da infância se transformem em algo mágico.
É bom e ao mesmo tempo triste, no sentido do saudosismo que não volta mais, lembrar do tempo em que morávamos na Usina, que os meninos eram meninos, do tempo em que sabíamos, desde sempre, que quem ia estudar fora precisava de mais carinho, de mais chocolate.
Lembra, que a caixa de bis e os biscoitos "São Luíz" eram para os meninos (e depois chegou a nossa vez, é claro)? E todos respeitávamos essa necessidade.
Mas tudo isso dói em lembrar que agora está cada um pra um lado, as ocupações nos distanciam.
Fico triste em não poder ser tão presente com você, ainda mais pelo tanto que você ama as meninas, mas o corpo não dá conta de fazer o que a cabeça e o coração pedem.
Gostaria que você pudesse entender...
Mas mesmo assim saiba que o amor é eterno.
Hoje tenho o privilegio de ver o crescimento das meninas e sei, que a cada dia o amor entre irmãs se cria e se fortalece, é maravilhoso, e cada uma do seu jeito, com sua personalidade, seu dengo, sua independência.
Faz tempo que gostaria de deixar registrado o quanto admiro o seu amor pelas meninas.
Sei que amor não se pede, não se agradece, apenas se dá, e peço desculpas pela falta de demonstração, mas saiba que da minha parte ele também existe, ele está aqui, e estará sempre, assim como também pelos meninos, nossos irmãos.
Cada vez que nos encontramos fica a sensação de que o tempo não deu, faltou.
É tão bom ver você e os meninos.
Penso em como tudo isso deve se processar na cabeça da nossa mãe.
Bem que ela me disse no aeroporto: "É neguinha você veio pra agitar nossas vidas..."
Desculpe a distância, amo todos vocês.
Fiquei muito emocionada com a música que você me trouxe.
E é claro, de novo tempo (ou falta dele), nem pude te dizer que chorei ao ouví-la.
É muito bom saber que você tem essa idéia de mim como "solar" e sonhadora, a música da Maria Gadú que é a minha trilha sonora atual, pois se pra você ela te faz lembar de mim, para mim ela me faz lembrar de você, e tudo de bom que você e faz, por mim, pra nossa mãe, para os nossos irmãos e para minha pequena grande família que está aqui esperando por você sempre. Você faz parte integrante das nossas histórias.
De novo, o amor não se agradece e nem se pede, apenas se dá, e como já foi dito (sabe Deus quem disse agora), "a medida do amor é amar demais".
Com todo o meu amor, pra você: Cila.