domingo, 30 de setembro de 2007

Agora tenho um vício, e estou muito feliz com ele!

Pois é, pegando a carona do texto anterior não podia deixar de falar do quanto estou feliz e satisfeita comigo por ter rompido barreiras, e ido em busca de mudança.

Há quase dois meses eu estava começando a freqüentar academia sem muita vontade e quase nenhuma disposição. Durante o dia as horas se arrastavam e eu não via a hora de chegar 22:00 para ficar na horizontal e continuar um sono profundo que já se iniciara desde meia hora antes. No dia seguinte acordava às 6:10, muitas vezes com o auxílio do relógio e, quando o ímã da cama me permitia, levantava logo.

Mas desde que agosto começou muitas coisas aconteceram e eu vi a necessidade real de começar a correr.

No começo era uma dificuldade imensa. Demorou para eu perceber o básico: coordenar respiração com meus passos.

Mas, com muita perseverança e incentivo de Popa, lá fui eu. No início era 5 minutos de caminhada, com apenas 5 de corrida e mais outros 5 de caminhada. Aos poucos fui aumentando essa marca, e hoje já corro 3 quilômetros em seguida, e depois de “descansar” uns 500 metros com caminhada, corro mais 1 Km, totalizando meus orgulhosos 4 Km diários.

Correr tem me dado imensa alegria, e desse modo tenho conseguido, aos poucos mudar muitos hábitos de vida, e claro, conseguir uma nova forma física.

A vontade de correr, junto com sol daqui me tiram da cama e me fazem literalmente “correr atrás” do que eu quero.

Agora tenho novas metas a cumprir: iniciarei 2008 com 5Km diários e em 2017, participarei na São Silvestre, para comemorar os meus então 40 anos!

É um plano de vida e, dessa forma revelo, com muito prazer, meu vício: CORRER!

Um abraço e até mais,

Lidiane, 30/09/2007

É verão em Recife...

Desde ontem que tenho a certeza que Deus já abençoou os ventos do verão aqui em Recife.

Para quem não e´daqui, vale explicar. Como já disse antes o clima aqui se divide em dois. O quente e úmido (verão, que vai de setembro a final de abril) e o quente molhado (nos outros meses, em que chove, chove, chove...). Neste ano por aqui não só choveu por um tempo longo, como também teve muito muito vento.

Ventava mais que tudo, e o vento, junto com o tempo nublado mais a brisa do mar davam uma sensação térmica de friozinho (aproximadamente uns 20/25 graus...). É claro que eu gostei muito desse tempo “frio”, mais sabe aquela sensação de que não combina com o lugar.

O tempo foi passando, o mês de setembro chegando e o clima na mesma, e parecia que Recife havia se pintado de cinza nublado, era como se a cidade tivesse ficado temporariamente desbotada.

Mas nesse final de semana tudo mudou. Recife voltou a ficar bonito de novo.

O sol voltou a brilhar mais forte, o vento voltou a se aclamar, o clima definitivamente mudou, e para melhor, para o lado bom.

Junto com essa mudança, na verdade, liderando essa mudança, o nosso astro rei, o Sol está muito mais “aparecido”. É isso mesmo, mais forte, acordando mais cedo e aquecendo a casa de um jeito especial que só o sol de verão sabe fazer.

Com isso, percebi que eu também mudei. Agora tenho a certeza de que meu relógio biológico não é tão biológico assim não, ele é na verdade “solar”.

Foi só mudar o tempo para eu começar a acordar normalmente ainda mais cedo que o costume, como hoje, por exemplo, pleno domingo, que acordei às 5:40!!!

O que para muitos poderia ser um saco, para mim foi um presente divino.

Acordar com os raios solares entrando pelas frestinhas da cortina, ir à sala e ver toda aquela claridade me chamando para a vida foi maravilhoso.

E foi assim, desse modo, que comecei meu domingo, contemplando as coisas simples e belas da natureza e fui para a minha empreitada diária, mais aí á assunto para outro texto.

Até o próximo,

Lidiane, 30/09/2007

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Meu caminho pelo mundo, não sou eu quem traço...

Sempre que eu acho que estou com as rédeas da minha vida nas mãos, vem meu Deus e mostra, sem mais nem menos, que Ele é quem tem, aliás quem sou eu para achar que meus planos são melhores que os dEle...

Pois é, já aconteceu várias vezes.

Uma delas foi na época do casamento.

Muitos planos, muito esforço e muita idéia de adolescente, minha e de Popa em relação ao futuro. Marcamos uma data, que, pelo menos meus pais não aceitaram. Tínhamos planos incertos frente ao nosso futuro financeiro, e claro, nosso plano deu errado. Pois é, Ele já havia traçado outros planos.

O casamento era para ter sido em 12 de novembro de 2005. Nessa época Popa estava em vias de acabar o doutorado e eu sem trabalho, nem em Guariba, nem em Recife.

Então em meio a tanta confusão e incertezas Ele mexe seus pauzinhos: concurso para Popa na federal , com data para prova em meados de novembro/2005, mais um detalhe importante: necessidade de ter concluído o doutorado.

Isso mudou todos os planos. Adiamos casamento, Popa adiantou, como pôde, sua tese e defendeu-a a tempo e veio para prova que o efetivara como professor na federal daqui de Recife.

Eu, que ainda estava sem perspectivas por aqui, descubro uma seleção simplificada para fono, por pura análise de títulos e currículo (tudo por procuração, pois prestes a casar não dava para viajar tanto assim...). Também uma das vagas dessa seleção ficou para mim. Detalhe: para assumir o cargo, segundo o edital, em abril de 2006!

Casamento adiado, faltava resolver nova data. Dezembro nem pensar, de tanta coisa para correr atrás, janeiro muito em cima, fevereiro carnaval e sobrava só março. Na verdade, boa época. Assim eu poderia procurar casa (e tudo o mais de dentro dela) e também aproveitava o carnaval do Recife, “só para aproveitar melhor o tempo”...

E assim foi decidido e feito.

Mais ainda havia a data para escolher. Eu e Popa escolhemos 18/03. Liguei para o padre, e dentre o mês de março/2006 havia todos os outros sábados, exceto é claro, o dia 18. Ligo para Popa e decidimos juntos, o dia 25/03. Nesse momento nem pensamos em mais nada, batemos o martelo e pronto.

Decidida a data, é hora de falarmos para nossos pais, inclusive a outra nova data (não mais o dia 18).

E pimba: mais uma boa surpresa nos era reservada.

Ao falar a data nova para minha mãe, ela quase que chora. Ela me disse na hora que 25/03 é o dia da “anunciação de Nossa Senhora” (que 9 meses exatos depois é o Natal), e que quem casa nesse dia tem bênçãos redobradas. Aí eu já fiquei mais que satisfeita.

Depois da aprovação da minha mãe, é hora de contar a minha sogra. Essa também é tomada pela emoção. A mãe de minha sogra, já falecida, era extremamente apegada à Popa (o qual ela carinhosamente o chamava de “meu Papa”, pois Popa – João Paulo-nasceu 2 meses antes do Papa João Paulo II ser nomeado), e o nome dela era “Anunciada”, justamente por conta da data do nascimento 24/03.

Dessa forma, mais do que coincidência, eu acredito mesmo é que tem alguém muito poderoso e especial lá em cima, que olha por mim muito mais do que eu imagino.

Meu Deus muito obrigada, continue, por favor a trilhar minha vida, e me dê a calma necessária para não (querer) atropelar suas vontades.

Como diz minha mãe: “acalma seu coração, Lidiane...”

Escrito em 17/09/07.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Ops!

Ah meus erros!
A parte sobre a V Turma é Parte III e não II.
Sorry,
Lidi

Parte II: Encontro de 10 anos de formatura da V Turma de Fonoaudiologia da UNESP de Marília – SP

Organizar esse encontro foi um dos objetivos que determinei para este ano.

Dentre tanta correria e falta de tempo com o que realmente é essencial, achei que uma comemoração seria imprescindível.

Durante esses 10 anos muita coisa mudou, muita gente mudou de casa, de cidade, de Estado. De repente reunir as meninas foi uma idéia que cresceu e tomou vida própria. Tive, é claro ajuda das próprias amigas, pois nesse período os contatos mudaram e, em 97 nem tínhamos e-mail.

Em meio ao período de organização, tentei muito encontrar as meninas, fazer contato, para ao menos informá-las do evento. E, apesar de muita insistência não consegui todos os 32 contatos que precisava.

Dentre os contatos que fiz, nem todas compareceram. E foi uma pena, pois certamente a presença de mais gente, faria um evento ainda melhor.

No entanto, de nós 11 que fomos, e passamos por muito ou pouco tempo para chegar até o local escolhido, tenho certeza que valeu a pena. E eu, que fiz uma certa “via sacra” até chegar lá, faria e farei tudo de novo para o próximo evento, só para ter o prazer da companhia de pessoas especiais que compartilharam, junto comigo, anos inesquecíveis vividos em uma cidade linda (e que por sinal está ainda mais linda), que é Marília.

Lá no encontro, rever as meninas, conhecer seus filhos, seus maridos e namorados, ver barrigas carregando vidas, falar bobagens, falar da vida, saber da vida, foi um momento mágico e abençoado.

O lugar foi perfeito, o dia estava lindo.

Tenho certeza que Deus deixou suas bênçãos sobre nós. Afinal, em meio a tantas adversidades, faz-se necessário celebrar a vida, estabelecer rituais, cultuar a alegria, a amizade, as coisas boas que realmente fazem o diferencial na vida.

E foi com muita alegria e entrosamento que já deixamos estabelecido que o próximo encontro oficial será daqui a 5 anos, em Recife.

Queridas amigas da V Turma, o nosso encontro já passou, virou lembrança. E uma doce e inesquecível lembrança do que a amizade é capaz.

Obrigada pelas que foram, e puderam, junto comigo parar o tempo e celebrar a vida.

Um abraço, com carinho e saudades, sempre,

Lidiane

Parte II: Minha Família

“Pai e mãe, ouro de mina...”

(Djavan)

A chegada à casa dos meus pais teve a ajuda do meu irmão, Liço (Maurício), o ônibus só chega até Jaboticabal, e lá, meu irmão nos esperava.

Com a ansiedade de reencontrar a família, e as malas um pouco mais volumosas, fomos ao encontro dos meus pais e também do Nato (Renato) e da Cila (Maria Cecília), e da Rê que trabalha lá nos meus pais.

A alegria da chegada é sempre muito boa. Os abraços, ver os olhos felizes, sentir o cheiro da casa onde se morou por tanto tempo...

Só de lembrar para escrever dá saudade.

Lá na casa dos meus pais, sempre é hora de pôr a mesa. Enquanto a janta se aprontava, saladas e petiscos faziam o tempo que passou ficar bem curto, e parecia até que tínhamos saído de lá há poucos dias.

E, nesse clima de alegria, aconchego e amor de família, ficamos, eu e Popa até o dia 07 de setembro.

Mas, antes da saída, muitos outros reencontros aconteceram.

No domingo (02/09), tivemos uma comemoração antecipada do aniversário do meu pai. Neste dia pude rever meu irmão mais velho, o Tuca, e também meu sobrinho, o Vitor, juntamente com suas esposas (Giovana e Carolina), mais a noiva do Liço (Carolina) e a Gabi, enteada do meu sobrinho, e também o Fernando, enteado do Nato.

O almoço de domingo foi uma delícia, com tudo de bom, churrasco, várias delícias e muita alegria de estarmos juntos.

Família não dá para descrever, só dá para saber o que é vivendo. É um carinho, uma saudade, uma alegria, uma briga, um desentendimento, uma força grande que é maior que a tristeza e as desavenças, que nos une e nos faz querer nos reencontrar outra vez, e mais outra e sempre...

Nos dias em que estive por lá também revi vários amigos, entre eles: a Karime e sua barriguinha de 4 meses, meus padrinhos duplos (de batizado e de casamento) D. Ditinha e Seu Ditinho, ou melhor, meus “padrinhos”, minha tia Lúcia e minha prima Natália.

A vocês todos , meus queridos de Guariba e redondezas que fazem parte da minha vida, saibam que vê-los, foi e é sempre muito bom. A convivência, mesmo que pouca, é vital e essencial. Amo vocês.

E além da minha família, também tive o prazer de reencontrar amigos ao andar pelas ruas da cidade.

Lidiane

Escrito em 09/09/07

Minhas Férias. Parte I: Barão Geraldo

A ansiedade é tanta, que nem sei sobre o que escrevo: família, amigos, V Turma...

Acho que “tudo ao mesmo tempo agora” não funciona né, sendo assim irei por partes.

Estou bem no meio de um turbilhão de emoções. Quase 1 ano e meio depois de casar e me mudar definitivamente para Recife, voltei para meu Estado natal com Popa, e, pela primeira vez, nós dois juntos. A viagem está ótima, tudo muito bom. O avião não atrasou, o café no aeroporto nem ficou tão caro, o ônibus para Campinas foi “um maná” depois de 4 horas dentro de um avião da Gol. E o melhor dessa Parte I: Barão Geraldo. Como eu amo aquele lugar. Barão, para mim, é um lugar encantado. É claro que algumas coisas mudaram, e quase todas, para melhor e mais bonito, mas a essência de Barão continua impecavelmente a mesma.

Chegar em Barão, reencontrar amigos, andar pelas ruas, foi maravilhoso.

Uma passada rápida pela Unicamp, e o melhor: “Empório do Nono”. E mais, a companhia especialíssima da minha amiga e madrinha Bete. Lá no Nono tempo parou. Em plena hora do almoço, não dava para comer comida no melhor boteco que já fui. Lá tem umas comidinhas , como a “porção do balcão”, com o único e irreprodutível rolinho de abobrinha com tomate seco e queijo parmesão. É claro que não comemos apenas isso. Os tais rolinhos vieram acompanhados de gorgonzola, mini salsichas e pão francês quentinho. Obviamente que tais iguarias de boteco só fazem sentido se acompanhadas com um belo copo de chope. E foi, dessa maneira, com chope e “brebots” que eu e Bete conversamos sobre tudo e nada, lá no Nono, em pleno horário de almoço na última sexta de agosto.

Terminado o almoço, havia ainda muito do dia para viver, e muitas alegrias por vir.

Mais reencontros. Logo depois do almoço Bete me deixou em frente à cooperativa de lixo reciclável de Barão, lá pude rever uma amiga e uma de minhas musas: a Nane. Com a Nane conversei mais um bocado e com a doce companhia dela fui visitar meu ex-trabalho, onde reencontrei também a Loriani.

Depois de reencontrar pessoas, passei pela parte de reencontrar lugares. Precisava andar pelas ruas de Barão. Ver e sentir as ruas, as casas, as calçadas, a terra vermelha, verificar os pés de amoras...

Pois é, uma doce parada no meio da tarde. Dei de cara com uma amoreira carregada de pretas e doces frutinhas. Comi, comi, comi, até minha língua ficar roxa.

Barão para mim é isso, uma emoção a cada hora. E olha que nem deu para visitar todos os locais que queria: a capela do Cristo Redentor com suas inesquecíveis missas aos sábados à noite, o laguinho da Unicamp, os teatros de barão (Lume, Barracão Teatro, Útero de Vênus),os grupos musicais, outros tantos bares, botecos, restaurantes e pizzarias, paisagens (como apreciar o pôr-do-sol no observatório da Unicamp).

E mais, no final da tarde houve reunião de amigos na casa de outro amigo: Alexandre. E dessa forma, com muitos amigos e reencontros felizes, terminamos o dia muito bem, e de uma forma bem típica, nosso dia terminou em pizza, e de forno à lenha!

No dia seguinte o tempo em Barão foi muito curto, de lá, partimos para o centro de Convivência. Fiquei muito feliz. A cidade está com uma cara ótima. A feirinha me surpreendeu com vários trabalhos de ótima qualidade e diversidade. Neste passeio a companhia dos amigos foi muito especial. Eu e Popa estivemos com pessoas muito queridas: Donato, Nara e Alexandre. E, em meio a tanta correria uma pausa para colocar alguns anos de distância em dia, com uma rápida conversa no estacionamento do Pão de Açúcar com a Gal, uma das minhas amigas dos tempos de Marília – V Turma.

E, dessa forma, com boas lembranças e uma saudade boa, com gostinho de quero mais, saímos de Campinas depois de 30 horas de alegrias e reencontros especiais.

Lidiane.

escrito em 01/09/07.