sábado, 21 de novembro de 2009

TEMPO....

Alguém por aí tem tempo pra vender, caso seja parcelado no cartão muito me interessa...
O humor tem que prevalecer, embora seja difícil, mas eu fiquei surperesa ao ver a data da última postagem, como faz tempo, como tanta coisa mudou por aqui.
Mas antes que pensem nas Marias elas continuam sim sendo meu Girassol e meu Miosotis.
Nessa lacuna temporal desde agosto as coisas por aqui mudaram muito.
Decidimos ficar sem doméstica e até final de outubro eu com a ajuda de minha mãe tentamos dar conta da casa e tivemos uma passadeira.
Os dias ficaram cansativos, mas a satisfação de saber que estava feito foi melhor que a frustração de ter pedido e explicado e nada ter ficado a contento.
Ainda nesse meio tempo coisas maravilhosas aconteceram e acontecem a cada dia com minhas filhas.
Maria Helena começou a engatinhar perto do período em que nasceu o primeiro dente de Maria Luiza, isso lá pelos 7 meses de ambas. Depois, é claro, Nasceu o primeiro dente de Helena que agora está com 2 e Maria Luiza já engatinha muito bem pela casa e exibe seus 2 dentes e meio.
Fizemos primeiro uma viagem curta, para Porto de Galinhas com elas só para dormir uma noite.
Nossa bagagem, que tinha desde vestido de casamento (esse foi o motivo da mesma) até bacia para banho.
Não vou entrar nos detalhes da bagagem, mas as meninas adoraram tudo.
Depois nossa grande aventura foi irmos com minha mãe a casa dela em Guariba, interior de São Paulo, mas essa é uma outra postagem.
Um abraço com carinho sempre,
Lidi
Ah, tentarei colocar as notícias em dia até o final do ano.

sábado, 22 de agosto de 2009

Meu girassol, meu miosotis

Há um tempinho vi, numa manhã da Ana Maria ela falar uma mensagem sobre “miosotis e girassol”. Era sobre as diferenças entre essas flores, que podem também serm vistas, visivelmente nas pessoas.
Pessoas “girassois” são mais fortes, resistem mais as adversidades do dia a dia. Já as pessoas “miosotis” são mais delicadas, precisam mais de atenção, cuidados.
Aqui em casa procuro sempre divivir tudo, e claro multiplicar meu amor pelas minhas filhas, mas é inevitável que cada uma delas precise de atenção diferente.
No começo foi difícil, achava que se pegasse mais uma do que a outra era dar menos amor...
Aos poucos vamos nos entendendo melhor e nesta semana caiu a minha ficha que na verdade tenho duas diferentes e lindas flores aqui em casa.
Enquanto meu girassol Helena procura sua independência, vai atrás do que quer e as vezes até reclama de excesso de colo, meu miosotis Luiza quer o contato físico sempre por perto. Ela reclama mais, precisa mais de colo, faz o possível e impossível para só dormir no acalento do colo.
Ser mãe é um aprendizado constante. Não canso de agradecer a Deus por essa oportunidade única e especial, ainda mais por estar o tempo todo com essas duas flores queridas e amadas.
Diferenças à parte o que faz a beleza do jardim é a variedade das flores.
Um abraço para todos que meu miosotis está requisitanto colo, enquanto meu girassol está tranquilamente apalpando o pé da minha cadeira.
Sábado, 5:34 am
Lidi

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Atualizaçoes

Há tempos quero e preciso escrever, para desabafar, contar, apenas escrever, mas tá dificil. Aqui em casa tem 3 computadores, não consigo usar nenhum, e quando chego neles as meninas me requisitam.
Mas tudo passa, a cada coisa, seu tempo.
Tudo se encaminha para o que lhe foi proposto.
Com calma voltarei a escrever mais, mas agora uma Maria me chama, e eu não posso deixá-la a me esperar.
Um abraço,
Lidi

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Uma moderna mulher ancestral

Outro dia em uma conversa com meu marido rimos muito a respeito de minhas inclinações artísticas, por assim dizer.
Dentre as modalidades que mais gosto de praticar estão três: mosaico, tear manual e patchwork.
Analisando friamente todas as três são técnicas ancestrais desde antes de Cristo.
Ou seja, desde que Adão e Eva se viram nus começaram a se preocupar com tecelagem. Depois da tecelagem começaram a fazer uso dos retalhos das roupas e aí foi surgindo o pathcwork (lá pelo Egito antigo).
E como forma de expressão artística, no período Bizantino, AC datam os primeiros trabalhos em mosaico.
Enquanto o mundo foca no moderno eu estou resgatando meu passado.
Quem sabe um dia encontro uma bela e encantada “caverna”?
Brincadeiras à parte outro fato que muito me encanta é que tive tias avós que moraram na cidade de Bauru SP que nunca conheci.
Essas tias eram famosas por seus tapetes artesanais em tear.
Genética, intuição, dom curiosidade eu não sei, só sei que gosto mesmo é de “fazer arte” no sentido mais infantil que isso possa ter, e agora com duas musas inspiradoras acho que isso vai longe.
Um abraço,
Lidi

Meus caminhos

Quem pode ler meu último texto viu que falei sobre patchwork.
Vou contar a vocês o meu caminho para encontrar meus retalhos.
Depois de decidir parar de vez com a fonoaudiologia e estar preocupada com todo o resto, estava em casa com minha mãe e precisávamos comprar novos bicos de mamadeiras para as Marias.
Estávamos nos organizando para irmos a uma loja de casa que tem também coisas de bebês e tecidos (nossa verdadeira necessidade no dia), mas eu estava tão jururu que não estava muito empolgada. Queria ir depois do almoço para facilitar, ir com nosso carro.
Minha mãe me incentivou a irmos de manhã mesmo e de taxi, que é até mais fácil.
E lá fomos nós.
Ao “estacionarmos” na parte dos tecidos, eu minha mãe e cada uma com seu carrinho com uma bebê, vimos uma mãe e filha (com sotaques não pernambucanos) comprando tecidos, e aí foi o dedo de Deus de novo me apontando o caminho.
Mãe e filha nada mais eram que Henriete e Priscilla, minhas novas professoras de patch. Como conversar não é problema, em minutos eu já descobri que aquele era um novo caminho a percorrer.
Resumo da ópera: fui na loja na segunda de manhã e na outra manhã de terça já estava na loja delas onde o curso acontece.
E aí um mundo de possibilidades se abriu.
Renovação de ares, novas amizades, conhecimentos, ambiente bonito e leve, tudo o que mais precisava nesse momento.
Detalhe, quando decidimos que eu ficaria “parada” profissionalmente meu marido bem que me avisou que isso não duraria por muito tempo. Na segunda mesmo falei com ele por telefone contando as novas e ele soltou um feliz “eu te disse que tu não ficaria parada por muito tempo!...”
E assim, mais uma vez posso afirmar que meus caminhos pelo mundo definitivamente não sou quem traço.
Um abraço,
Lidi

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Assumi meu lado B

Como já disse Lula Queiroga: “Felicidade não precisa de culpa(...)” e assim, e depois de muito (mais bote muito) pensamento resolvi assumir meu lado B.
Meu lado B é meu lado BOM, meu lado feliz, que vive e curte as belezas da vida, das cores, a leveza das linhas entrelaçadas em pontos e tramas, a beleza de desfazer os quadrados prontos (pastilhas de vidro) para reconstruir com caquinhos mosaicos alegres, a beleza de ver um processo de criação do começo ao fim, com um fim rápido, e na grande maioria das vezes, muito belo.
Tal decisão não foi fácil, mas com o apoio do meu marido e de minha mãe já seria possível, mas tenho o aval de quase todos com quem anuncio a decisão: aqui se assume uma Artesã.
Vou viver financeiramente com muito prazer, a partir de agora com o que sai das minhas mãos.
Só isso já me realiza, mas não, quero sempre mais, e como diz minha mãe “o saber não ocupa lugar”, dessa forma vou aprender outros ofícios e aos poucos vou mesclando técnicas e fazendo arte literalmente para viver.
Acaba com essa decisão um casamento de quase doze anos com a fonoaudiologia, profissão que trilhou meus passos para eu ser quem sou hoje. Não posso negá-la, aliás foi por intermédio dela que conheci todas minhas amigas inspiradoras.
Com a fonoaudiologia conheci a Nane que me apresntou o mosaico, morei em Campinas que mostrou muitas possibilidades (isso sem contar meu marido), conheci Ana Luiza que me incentivou nas vendas e muito mais.
Mas olhando agora para todo o perído de fono, vejo que o mehor a fazer é deixá-la de lado num momento em que “mudança” é a palavra chave.
Há muitos anos estava insatisfeita com o retorno financeiro dessa profissão, foram anos de investimento pesado, que certamente fizeram de mim uma pessoa melhor. Na fonoaudiologia aprendi a conviver de perto com o outro, os outros e suas dores, embora não palpáveis nem mesmo mensuráveis.
E até isso mesmo me incentivou a assumir meu lado B.
Cada vez mais eu estava vendo os problemas de comunicação com mais seriedade e isso me incomoda e muito, pois eles são tão preteridos frente aos outros problemas de saúde geral que fica difícil conquistar espaço até mesmo com os outros profissionais de saúde.
Dentro da fono, minha grande paixão foi o público infantil, que sempre me incentivou a continuar, mas por outro lado, os adultos afásicos eram um público muito especial, emora com carga emocioanl muito densa.
O fato é que, aos poucos, o interesse pela fono foi se desmotivando ao mesmo tempo que o amor pelo artesanato foi se criando.
No artesanato sou autodidata em algumas técnicas, como o mosaico e os trabalhos com pinturas em madeira.
Nesse caminho tenho conseguido aprender um puco de outras áreas, como o tear manual de pente liço e também o patchwork.
No final, resumindo, quero compartilhar com todos vocês essa decisão e também convidá-los a ver meus trabalhos (e porque não comprá-los) no meu site:
www.rochadasartes.com.br
Assim como em outro ofício a crítica e sugestão tem lugares garantidos, para que assim eu me aprimore e cresça cada vez mais na execução das técnicas e harmonia.
Um abraço, com muito carinho a todos, e principalmente às minhas somente amigas (não mais colegas de profissão) fonoaudiólogas,
Lidi, 10/06/09

AMA(R)MENTAR

Amamentação foi para mim a maior concretização do amor que tenho por minhas filhas, porém junto com ela passei por todo um processo que me colocou a pensar em como um ato tão pessoal e natural pode se tornar tão exposto.
Fiquei impressionada de como minha vida e de minhas filhas são interesse tão constante de outros, outros esses que nem conheço e que questionam sobre a amamentação com tanta propriedade que muitas vezes chega a intimidar.
A vida da mãe de um recém-nascido é assunto fácil na boca dos outros, e com isso inclui-se comentários, sugestões, imposições, receitas e afins...
Vou relatar aqui minha experiência sobre a amamentação.
Hoje, dia 10 de junho, minhas filhas estão com 5 meses e 1 dia. Faz quase 1 mês que tenho tentado fazer meus peitos secarem e eles ainda têm leite...
Aqui no Brasil as coisas são decididas de cima para baixo.
Políticos nem sempre preparados fazem leis e nós nos vemos obriados a cumprí-las sem nem saber ao certo.
Amamentação é direito da criança e é proibido por lei a prescrição de leite artificial na maternidade. Outro ponto também proibido é a propaganda e promoção de leite artificial, mamadeiras, chupetas e afins.
Então vamos ver.
Eu tive duas meninas e, graças à Deus, meu leite começou a descer rápido, mas não tive a orientação adequada sobre o leite artifial, pois na minha cabeça só havia espaço para o aleitamento materno exclusivo até os 6 meses. Leite artificial era como um veneno no meu cérebro.
Mas imaginem a responsabilidade de ter duas boquinhas, com baixo peso, preisando muito de alimentação e com as dificuldades naturais desse processo: cansaço ao mamar, bico não muito protuso, leite com fluxo lento...
Ou seja, dias de choro, delas e meu...
No entanto, as avós existem e estão aqui para nos salvar. No terceiro dia em casa com as meninas não resisti, comprei o tal leite artificial.
Psicologicamente ou não, essa lata fez milagres em casa. Junto com ela o leite começou a descer como água, e só para deixar claro, ela durou por 2 meses...
Ter esse leite tirou o peso das minhas costas, e assim eu sabia que se algo acontecesse comigo, elas teriam alimento, mas isso quase nem foi preciso, pois nesses dois primeiros meses elas ficaram grudadas nos meus peitos quase que em período integral.
Amamentar teve momentos mágicos de contato e interação entre nós 3 que só foram possíveis novamente com auxílio de dois guerreiros que tenho ao meu lado: minha mãe e meu marido.
Nesses dois meses de aleitamento quase exclusivo eu almocei ou jantei com garfo e faca, no máximo umas 10 vezes!
É isso mesmo, eu não comia na mesa, muito menos com talheres de adulto. Minhas refeições foram dadas na minha boca, e de colher (para não cair migalha nas meninas) por minha mãe e meu marido. Os líquidos eram dados por canudo.
Nesse perído eu me resumia a dois peitos.
Todos que passavam em casa inevitavelmente me viram amamentar.
Como são duas, acabada a mamada lá ia eu entregar uma das bebês ao pai au as avós para o arroto. E assim nesse primeiro momento eu quase não desfrutava muito do aconchego com as pequenas. A prioridade era alimentação, e desse jeito com muito carinho e trabalho áduo da nossa “equipe familiar”, do primeiro ao segundo mês elas ganharam o primeiro kilo, aliás mais, 1200kg cada uma.
Foi uma grande vitória.
Mas aí começou nova luta, pois as duas sentiam (e sentem fome) quase ao mesmo tempo, e ficando maiores elas já não aceitavam dividir a mãe. Tanto por espaço, quanto por atenção mesmo.
Nessa fase, reconheço não consegui administrar essa coisa de você mama e você vai na mamadeira (leite artifial).
Dessa forma aluguei uma desmamadeira elétrica, e com ela eu passei de “dois peitos” para “mamãe”.
A bomba foi crucial para que eu pudesse viver de forma mais normal, e com isso garanti leite materno para as meninas por mais 2 meses.
O problema diminuiu, porém desmamar ainda exigia muito, muito amor e muita doação, pois é algo que só a mãe pode fazer.
Aqui em casa a jornada dupla é bem cansativa durante o dia, e dessa forma sobrava apenas a noite e madrugada para desmamar.
Ou seja, à noite depois da jantar, qunado todos dormiam lá ia eu desmamar. Depois na madrugada, entre uma mamada e outra das meninas lá ia eu novamente desmamar, pois o peito já estava cheio (e ele adorava encher perto das 3 da manhã).
E isso se repetia na manhã, e talves à tarde quando dava.
Nessa levada eu consgui garantir cerca de 600ml de leite diário para cada Maria, e com isso, mesmo com complemento elas foram ficando cada vez mais saudáveis, e desmamando do peito aos poucos.
Até que numa manhã, fazendo a “centésima” desmamada, logicamente enquanto todos de casa dormiam depois de uma noite tranquila de sono, eu não aguentei mais e resolvi parar. Isso aconteceu na manhãe de 16 de maio.
Mesmo com muito leite e sabendo de todos os benefícios, nesse momento eu fui um pouco egoísta e pensei em mim, afinal as meninas precisam de uma mãe inteira para elas, e bem inteira pois elas me dividem o tempo todo.
E assim tomei o remédio para secar, e é claro ouvi de muitos desconhecidos e “entrometidos”: “que pena!!!”, “coitadas!!!”. O que mata é que ninguém que diz uns absurdos desses ao menos já teve filhos ou se viu em igual situação.
Isso tudo fica ecoando na minha cabeça e eu precisava desabafar.
Amamentar é um ato de muito amor, e não devia ser imposto por lei ou por estranhos. Cada mãe, junto com seu filho é quem deveria estabelecer essa relação, e para ser boa, tem que ser prazerosa para ambos lados.
Lidi, desabafo (ainda com gotinhas de leite no peito), 10/06/09

terça-feira, 12 de maio de 2009

Meu primeiro Dia das mães

O dia perfeito.

Acordar , no primeiro dia das mães, depois de uma noite meio dormida, mas descansada, com as duas filhotas na cama.
Fazer muita bagunça, brincar de aviãozinho e depois começar o dia como de costume.
Trocar fraldas, alimentá-las, banho.
Café da manhã com minha mãe e meu marido.
Ir à missa para agradecer a Deus essas duas bênçãos que recebi.
Fazer um passeio ao ar livre para me mostrar com as crias, todas bem arrumadas, é claro.
Almoço: pedir uma comida bem gostosa e bem cedo e almoçar nós cinco novamente.
À tarde: novo banho nas pequenas, brincadeiras, alimentação isso re repetindo com muito dengo e amor até novo banho à noite para depois irmos jantar na casa dos avós, isso com pequenas dormindo. Assim comemos com calma e aproveitamos as companhias.
Depois do jantar volta pra casa, colocar as pequenas nos seus berços, curtir o marido e preparar par mais uma semana.

O dia real

Começou muito mais cedo que o de costume, às 24:00, ou zero horas, com um presente em cada berço. Achei um encanto e delicadeza da parte de Popa. Foi lindo!
Tirei leite, acabei e fui dormir.
2:30 Maria Helena acordou, chamei minha mãe e dei o presente dela para a neta entregar, em plena madrugada. Foi legal. Fui dormir e minha mãe ficou com ela.
3:30 M. Luiza acordou. O processo de sempre: fralda, leite, arroto, berço.
4:30 ruídos no quarto mas não era nada.
5:30 mais ruídos. Fui até e vi que não era nada. O corpo estava um bagaço pela falta do sono das 21:00 às 24 horas. Como elas estavam bem, voltei para o quarto e pedi para Deus de verdade que elas dormissem um pouco mais.
Ele me atendeu. Acordei às 7:15 com um barulhinho, fui ao quarto delas e lá estavam, as duas acordando quase juntas e com um belo sorriso em cada rosto. É uma cena digna de comercial de margarina de tão perfeita e feliz.
Comecei o ritual do dia, porém com um detalhe, a missa já não dava, e eu não estava legal.
Acordei com náusea e uma cólica intestinal esquisita, ia e vinha e não se resolvia.
Em meio aos cuidados com as meninas a sensação do corpo não se resolveu, porém com ela não dava pra fazer passeio, pois era um risco.
Logo perto das 8:00 toca o telefone minha mãe vai toda feliz atender, pensando ser um dos meus irmãos, e olha só, era a ex doméstica de casa, que saiu bem no dia em todos nós adoecemos, ou seja, até a felicitação dela não é muito bem vinda...
Tentei dormir depois e não consegui.
Fui tirar leite pensando no pedido do almoço, mas não falei nada para Popa ou minha mãe. Popa também pensou e não falou
Às 11:45 ligo enfim para o restaurante e faço o pedido com espera prevista para 50minutos.
Continuando os cuidados com as meninas o dia segue e almoço nada.
Às 13:30 ligo para saber e a moça diz que já saiu, e como o restaurante fica a menos de 500 metros de casa fico feliz. Eu, Popa e as meninas descemos para esperar, cansamos e subimos.
Às 14:15 a moça do restaurante liga para saber se chegou e aí eu já me estressei e disse que a comida que saiu às 13:30 eu não queria mais, ou ela me enviava outra comida em 15 minutos ou desistia.
Nesse meio tempo as meninas estavam precisando de banho, lá vou arrumar a água para Popa e minha mãe dar o banho e também fazer alguma coisa para comer.
Fiz umas torradinhas com presunto e mussarela. Achei na geladeira arroz, calabresa, azeitonas e molho de tomates.
É claro que fiz questão de ligar ás 14:30 para cancelar o pedido. A moça mal atendeu e despejei toda minha indignação em segundos. Ao desligar até Popa ficou espantado com tamanha rapidez.
Daí saiu um arroz temperado às pressas, pois estávamos todos mortos e fome, e finalmente o almoço estava sendo feito e quase pronto.
E, óbvio que,15 minutos depois liga o porteiro avisando que a comida chegou (às 14:45!!!!) peço para voltar.
E, finalmente às 14:50 sentamos os três com as supervisões das bonecas nos seus carrinhos para almoçarmos juntos o nosso Dia das Mães.
Mas o dia ainda tem mais um pedacinho, e em meio aos cuidados com elas a tarde chega, e depois à noite.
Falta de comunicação, Popa sobe com as meninas (até porque ele e eu também já estávamos cheios de casa).
Logo subo eu com leite para elas (pensei que poderia dar, elas dormiriam uns 15 minutos e nós jantaríamos, e depois elas tomariam banho, etc, etc).
O que eu achei não faz parte da rotina delas. Começaram a tomar leite e pararam. Simultaneamente a saída do jantar, M. Luiza deu seu escândalo pós banho (que só passa com o banho mesmo, leite e cama), e precisei descer.
Fiquei triste pela situação, pois um descuido nosso bagunçamos a comemoração da minha sogra com o filho...
Mas o ritual banho, leite berço foi rápido, e com a ajuda da minha mãe em meia hora consegui subir de novo.
Detalhe a barriga ainda não estava legal, e depois que todos dormiram e o dia das Mães virou segunda-feira, fiquei revirando de dor na sala com uns episódios diarréicos.

Conclusão:
A realidade nem sempre é como prevemos mas ela nos dá a dimensão rela de nossas escolhas e dos caminhos que trilhamos.
Nada é fácil, nada é por acaso mas para tudo há uma saída.
O melhor de tudo foi que, apesar dos acontecidos eu tinha motivos para comemorar e ainda mais com pessoas que amo ao meu redor.
Só o fato de contar com a presença da minha mãe já é mais que especial, e no mais nossos dias são sempre uma comemoração à parte.

domingo, 3 de maio de 2009

E abril (finalmente se foi...)

E maio já está com tudo e não ta prosa.
O mês de abril foi um mês infinitamente longo para mim.
Neste mês aconteceram tantas coisas, decisões, conflitos existenciais, provas físicas de resistência, e claro muita emoção e alegria.
Fiquei abismada como este mês demorou a passar, e mais interessante é só tinha 30 dias!
Mas passou, e com ele muita coisa se foi e decisões importantes foram tomadas.
No mais, o principal ficou, o amor da família, o apoio incondicional da minha mãe e da minha sogra, de resto, a fila andou e estamos na terceira empregada doméstica do ano.
Bom maio para todos, um abraço,
Lidiane, 03/05/09

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Reflexão sobre o merecimento

Faz tempo que quero escrever sobre esse tema, já cheguei até a discutir sobre ele com minha irmã, com a Bete e com Popa, é claro.
O pontapé inicial para isso foi o evangelho dos dons que ouvi em uma missa lá no ano passado. Não me recordo nem o livro e muito menos o capítulo, mas fala sobre uma parábola, na qual um senhor que, antes de viajar entrega os dons (dotes) aos seus funcionários de acordo com suas habilidades. A um deu 1, ao outro, 2 e ao outro 5. Ao voltar o que ficou com 1 devolveu 1, o outro devolveu 4 e o último 10. Ao final, o que entregou só 1 ficou sem nenhum, e aos que multiplicaram, mais lhe foram dados.
Fiquei pensando muito a respeito disso, e percebi que isso é feito conosco a cada momento.
Cada um de nós recebeu “um dote” de Deus, e o que estamos fazendo com ele? O que eu estou fazendo com os dotes que ele me “emprestou”?
Sim, pois tenho certeza que tudo que tenho em vida é apenas um empréstimo, que no final de minha trajetória ele irá cobrar, e aí qual será a minha resposta...
Tenho procurado não enterrar nada do que sei com a desculpa de falta de tempo, falta de interesse.
Minha mãe sempre fala uma frase: “o saber não ocupa lugar”. E acredito que seja esse o caminho.
Aprender sempre, e procurar passar ao outro um pouco, quem sabe assim o dote se multiplica.
O mesmo penso a respeito de minhas filhas. Antes mesmo de serem minhas elas são de Deus, e, como estou lidando com tão valorosos dotes?
Eu e Popa não temos medido esforços para fazer, antes de ser o melhor para elas, fazer o que é certo. Esperamos com isso multiplicar amor, ternura, alegria sabedoria, criatividade e tudo o mais que Deus tem nos dado, quem sabe assim, consigamos cumprir nossa missão com êxito.
Não quero entrar mais afundo nesse tema, afinal só foi escrito para que eu não usasse a desculpa de “enterrar” essa idéia.
Um abraço,
Lidiane, 09/04/09

Obrigada pai

Sempre tive o hábito de pedir a bênção aos meus pais e padrinhos de batizados, e agora que passei para o outro lado da história, que virei mãe, me lembrei de algo muito delicado que meu pai sempre fazia.
Lembro-me que ao pedir a bênção a ele, ele respondia:
“Que deus lhe dê boa sorte!”
Acho isso de muita sabedoria, coisas que só os pais sabem fazer.
Agora que “virei” mãe estou tomando emprestada essa sabedoria e, antes de sair do quarto de minhas filhas à noite, digo essa mesma frase a elas.
Tenho certeza que isso só vem acrescentar as boas coisas que meu pai deixou.
Saudades,
Lidiane, 09/04/09

Maternidade

Ser mãe é ser tudo ao mesmo na mesma hora, e no meu caso para duas pessoinhas, e no final de tudo certificar-se de que não se sabe nada, que quando acha que sabe, não é mais...
Mas é também virar torcedora incondicional.
Eu torço por tudo. Para que comam bem, que tenham saúde, que façam coco, xixi, etc, etc...
Ser mãe é perder o romantismo.
Antes o presente para o esposo era embrulhado, vinha com cartão, agora estou feliz por ter conseguido comprar, isso porque foi pela Internet e a santa da minha mãe que pagou o boleto para mim.
Ser mãe é perder todo o domínio do seu corpo da cintura para cima. Virou domínio das Marias, e por conta delas meus seios nunca ficaram tão expostos.
Ser mãe é também adorar ter um momento para respirar. Quando consigo sair só para fazer algo em menos de meia hora, é fantástico ver que o mundo continua no seu ritmo, e, quem sabe, logo farei parte dele novamente.
Adoro ver os dias passarem. Aqui em casa tem uma folhinha do Sagrado Coração de Jesus com páginas diárias, sempre as tirava com maior gosto, agora ainda bem que tem minha mãe. Ainda sobre o tempo, tenho outro mini calendário na geladeira, já tem 3 meses que só vim a tirar a folha depois do dia 3...
Mas acima de tudo isso, ser mãe é ter contato com o maior amor do mundo.
Minhas filhas são meu foco total agora, é para elas e por elas que faço tudo.
É claro que corujice não pode faltar, pois elas são muito graciosas e espertas. A cada dia é uma nova descoberta. Elas já mudaram muito desde o nascimento.
E por falar em mudança, até agora ainda não ficou muito claro para nós de casa se elas são ou não idênticas.
Maria Helena nasceu menor, e por isso era bem fácil ver as diferenças, porém agora ela está cada vez mais semelhante à Maria Luiza.
Desde que chegaram em casa Maria Helena usava brincos de estrelinha e Maria Luiza brincos de bolinha. Porém elas ganharam pulseiras do meu irmão Renato: de bolinha para Maria Helena e de pedrinhas coloridas para Maria Luiza. Agora as pulseiras já servem e imaginem, trocamos os brincos. Confesso que fiquei perdida, isso porque acreditava que sabia quem era quem independente dos brincos. Foram uns dias de fiasco, mas agora acredito que já melhorei...
Lidiane, 09/04/09

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Há um mês...

Depois de tanto desejo, planejamento e espera nasceu uma família, (e grandinha) há um mês atrás.
Dia 09/01/09 nasceram as minhas amadas filhas: Maria Helena e Maria Luiza.
Desde então tudo o que sabia sobre amor caiu por terra, tudo se transformou em mais e aí se multiplicou por dois, por 4, por mais, muito mais.
O amor é maior, eu as amo mais a cada minuto, através delas amo mais todos ao meu redor.
Meu amor pelo meu marido aumentou, meu amor pela minha mãe, que graças a Deus está aqui acompanhando e participando de cada fase dessa história.
Se um filho já muda tudo imagine 2!
Nunca rezei tanto, nunca fiquei com cara de boba por tanto tempo, nunca me cansei tanto, nunca fiquei tão extasiada por tanto tempo...
Sabe aquela sensação de paixão, que você se sente com as pernas meio bambas, e se encanta com tudo, absolutamente tudo o que outro faz, ou apenas por ele existir, então é isso aí, mais por duas ao mesmo tempo.
Nesse 1 mês aprendi que sozinha não sou nada, que preciso de ajuda mais que tudo.
Nesse 1 mês aprendi que amamentar é doação e entrega, mas na verdade, a realidade não é tão romântica assim, e dói, para depois dar prazer e satisfação.
Nesse 1 mês aprendi que nunca saberei nada sobre o encantamento da maternidade, afinal ele é maior que qualquer expressão em palavras.
As meninas estão saudáveis e fortes (a como choram fortes!!!) e, aos pouquinhos vão crescendo e, primeiro preenchendo as roupinhas para depois perdê-las.
E assim, com muita alegria vou deixando registrado por aqui o primeiro mesversário das minhas gêmeas.
Que Deus nos reserve muitas datas comemorativas e muitas inspirações.

Um abraço com carinho,
Lidiane, 09/02/09